Teve início na segunda-feira, 10, em Genebra, a Conferência Internacional do Trabalho, cujas sessões se realizam sob o lema «Construindo um futuro com trabalho decente».

A reunião deste ano, que coincide com o programa desenhado para festejar os 100 anos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), reúne mais de cinco mil delegados – representantes de governos, sindicatos e empregadores – de todo o mundo, visando encontrar soluções para os desafios do mundo laboral. Ao longo dos debates, que se prolongam até ao dia 21, intervirão 40 chefes de Estado.

No programa destacam-se a celebração do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil e a discussão de propostas para combater a violência e o assédio no mundo do trabalho.

O director-geral da OIT, Guy Ryder, considerou que a credibilidade da organização depende de que todos os participantes chamados a tomar decisões entendam que este é o momento para os governos proporem estratégias claras para dar aos trabalhadores as respostas que estes esperam. «Esta conferência lutará contra os abusos que ofendem os princípios básicos da decência das pessoas», afirmou.

Segundo um estudo recente, 700 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza extrema ou moderada apesar de terem emprego. Em 2018, a maioria dos três mil e 300 milhões de pessoas empregadas não gozava de nível suficiente de segurança económica, bem-estar material e igualdade de oportunidades.

Para a OIT, um problema que afecta hoje os mercados mundiais é o emprego de má qualidade, pois milhões de pessoas são obrigadas a aceitar condições de trabalho deficientes.