AVANÇAR E NÃO ANDAR PARA TRÁS!
«pelo avanço, contarão sempre com o PCP e a CDU»
O Comité Central do PCP, reunido a 28 de Maio de 2019, avaliou o trabalho realizado e os resultados das eleições para o Parlamento Europeu, realizadas a 26 de Maio, apreciou a situação nacional e o desenvolvimento da luta e apontou linhas de trabalho para o futuro imediato, em particular para as Eleições Legislativas de 6 de Outubro e a luta pela alternativa.
A situação do País e a sua evolução tem, entre outros traços marcantes, como refere o Comunicado do Comité Central do PCP: «o conjunto de avanços na reposição, defesa e conquista de direitos, alcançados na nova fase da vida política nacional, com a luta de massas e com a intervenção decisiva do PCP; a persistência de muitos dos problemas dos trabalhadores, do povo e do País, com origem na submissão às regras e imposições do euro e da UE e aos interesses do grande capital; o branqueamento das responsabilidades de PS, PSD e CDS na concretização da política de direita que trouxe o País à situação de dificuldade em que se encontra hoje; e a acção dos sectores mais reaccionários que visa atacar o PCP, usando a mentira, a calúnia e a difamação, e pôr em causa a própria democracia. Realidade que os resultados das eleições para o Parlamento Europeu não alteram».
A eleição de dois deputados pela CDU nas eleições para o Parlamento Europeu (PE) do passado dia 26 de Maio – obtendo 228.054 votos e 6,9 por cento – dará continuidade ao notável trabalho que o PCP desenvolve no PE em defesa dos trabalhadores, do povo e do País. Uma importante representação que assumirá todos os combates pela justiça social, o progresso, a soberania, a cooperação e a paz. É um resultado que corresponde ao número de deputados que em 1999, 2004, e 2009 a CDU elegeu, mesmo quando o número de mandatos nacionais era, respectivamente, de 25, 24 e 22, quando agora são apenas 21.
Foi um resultado obtido pela CDU através de uma campanha eleitoral de massas, envolvendo a participação empenhada dos candidatos, dirigentes e activistas do PCP, do PEV e da ID e ainda de milhares de activistas sem filiação partidária, que ao longo de meses, se empenharam em contactar, esclarecer e alargar o apoio à CDU. Esforço que é tanto mais de valorizar quanto foi desenvolvido num quadro particularmente exigente em que foi preciso enfrentar uma intensa e prolongada campanha anticomunista desenvolvida a partir dos centros do capital monopolista e dos seus instrumentos, a começar pelos órgãos de comunicação social. Uma campanha baseada na mentira e na calúnia visando atingir a comprovada atitude de honestidade e competência que lhe é reconhecida. Uma campanha que apostou no silenciamento, manipulação e desvalorização da CDU e das soluções de que é portadora para os problemas do País, em contraste com a evidente promoção de outras candidaturas. Uma campanha orientada para prejudicar a CDU, pelo que representa e defende, que o capital monopolista e os sectores mais reaccionários temem como obstáculo aos seus projectos de submissão do País e de liquidação dos direitos dos trabalhadores.
Como sublinhou o Secretário-geral do PCP, na Conferência de Imprensa da passada terça-feira, «desenganem-se os que apostaram tudo contra o PCP e a CDU porque sabem que é em nós que reside a força capaz de fazer avançar os direitos dos trabalhadores e do povo. O PCP parte para as eleições legislativas com confiança e determinação. Desde já, como terão oportunidade de ver, com a decisão e apresentação de candidatos, com a elaboração e apresentação do programa eleitoral e das soluções que o País precisa, assente numa forte dinâmica com os trabalhadores e as populações. Na mobilização e envolvimento que terá início no imediato com os comícios dos dias 1, 2 e 8 de Junho, respectivamente em Setúbal, Lisboa e Porto, e na acção nacional de esclarecimento que decorrerá a partir de meados desse mês».
Avançar é preciso e, só se avança desenvolvendo a luta e a acção reivindicativa pelo aumento geral dos salários para todos os trabalhadores e do Salário Mínimo Nacional para 850 euros; contra a desregulação dos horários; por melhores condições de trabalho; contra a precariedade; pela alteração das normas gravosas da legislação laboral e contra as as alterações para pior que PS, em convergência com PSD e CDS, procuram aprovar na AR. É preciso defender os serviços públicos; levar para a frente a acção geral de reforço do PCP e dinamizar a sua intervenção, em que se integra, desde já, a preparação da Festa do Avante!. E, deste modo, avançar-se-á na luta pela ruptura com a política de direita e abrir-se-á caminho à afirmação de uma política patriótica e de esquerda e de uma alternativa política que a concretize.
A grande questão que está colocada aos trabalhadores e ao povo é a de avançar e não andar para trás. Avançar decididamente na resposta aos seus problemas e aos problemas do País com o reforço da CDU ou, sem esse reforço, ver o País e as suas vidas andar para trás. E, pelo avanço, contarão sempre com o PCP e a CDU.