135 – Biblioteca de Celso em Éfeso

Cons­truída em ho­me­nagem ao se­nador ro­mano de origem grega Ti­bério Júlio Celso Po­le­meano, a Bi­bli­o­teca de Éfeso, na Ana­tólia, ac­tual Tur­quia, tinha ca­pa­ci­dade para ar­ma­zenar 12 000 rolos de pa­piro e foi con­ce­bida para servir igual­mente de mau­soléu a Celso, cujo corpo foi en­ter­rado num sar­có­fago na en­trada prin­cipal. Esta é uma das ori­gi­na­li­dades do edi­fício, já que não era comum as pes­soas serem en­ter­radas nos li­mites das ci­dades e muito menos dentro de uma bi­bli­o­teca. Outra ori­gi­na­li­dade está no facto de a Bi­bli­o­teca ter sido in­tei­ra­mente pa­tro­ci­nada por di­nheiros pri­vados – do pró­prio Celso – e não pú­blicos, como era prá­tica. O in­te­rior da bi­bli­o­teca e o seu pre­cioso re­cheio foram in­cen­di­ados du­rante a in­vasão dos godos, em 263. A fa­chada, que so­bre­viveu, aca­baria por ser com­ple­ta­mente des­truída no ter­ra­moto de 614 que des­truiu par­ci­al­mente a ci­dade. O edi­fício que hoje existe é uma re­cons­trução, le­vada a cabo já no séc. XX e con­si­de­rada muito fiel ao ori­ginal, da au­toria de ar­queó­logos aus­tríacos. As es­tá­tuas da fa­chada são có­pias (os ori­gi­nais en­con­tram-se no museu de Éfeso em Viena) e re­pre­sentam a Sa­be­doria (Sophia), o Co­nhe­ci­mento (Epis­teme), a In­te­li­gência (En­noia) e o Valor (Arete), qua­li­dades que se crê terem sido as de Celso.