Quando o PCP apresentou, há cerca de um mês, o balanço da actividade dos seus deputados no Parlamento Europeu (PE), baseou--se em critérios objectivos para afirmar que não houve força política portuguesa mais activa em Bruxelas e Estrasburgo. Na altura sublinhou-se, igualmente, a natureza da intervenção de cada um dos partidos, destacando-se os eleitos pela CDU, também aí, por uma acção sem paralelo em defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo, pelo progresso social, a soberania nacional, a paz e a cooperação, contra o neoliberalismo, o federalismo e o militarismo que enformam a União Europeia.
O que os números mostram, sob qualquer avaliação objectiva, é a singular actividade dos deputados eleitos pela CDU: foram eles que realizaram mais intervenções em plenário, que apresentaram mais declarações de voto, que entregaram mais perguntas, que elaboraram mais relatórios e pareceres, que realizaram cerca de mil iniciativas em Portugal, sempre defendendo os interesses do povo e do País.
A força dos números, e o que eles inequivocamente revelam, levou alguns órgãos de comunicação social a «martelar» dados, de modo a construir uma imagem distorcida, marcada pela subjectividade, até que as ilações retiradas fossem as pretendidas: e foi assim, citando um relatório da VoteWatch, que passaram a medir não a actividade efectivamente realizada, mas uma dita «influência» dos diferentes deputados. Como é evidente (ou não fosse esse o objectivo principal do «estudo»), procuram destacar os  que são responsáveis pela submissão nacional, pelo ataque a direitos laborais e sociais, pela degradação dos serviços públicos, pela deterioração e dependência do aparelho produtivo ou pelo militarismo, a ingerência e a guerra. Nessas contas, de facto, os eleitos da CDU não entram. Nem querem entrar...

Actividade sem paralelo
Os três deputados eleitos pela CDU:
 
• realizaram 576 intervenções em sessão plenária;
 
• submeteram 4039 declarações de voto;

• foram relatores de 15 relatórios e 9 pareceres;
   
• foram relatores-sombra de 86 relatórios e 104 pareceres;
    
• produziram 1262 perguntas às instituições da UE.