Na sexta-feira, 22, aproveitando a presença do Presidente da República nas comemorações do Dia da Universidade do Porto (UP), a Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) do Porto promoveu um protesto para denunciar a não inclusão da maioria dos investigadores científicos precários no PREVPAP, programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública.

A Marcelo Rebelo de Sousa foi entregue uma carta aberta, subscrita por um conjunto de 12 associações e grupos de trabalhadores científicos, com centenas de assinaturas. «A precariedade entre os investigadores e restantes trabalhadores científicos é tão elevada que a regra é a existência de uma larguíssima maioria de precários face aos trabalhadores integrados numa carreira», refere o documento, onde se citam dados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional: «Em 2017, havia 208 investigadores integrados numa carreira, 722 com contratos a prazo financiados pela FCT e 2377 com bolsa para doutorados». De um total de 600, 400 investigadores científicos e professores convidados da UP, que pediram integração no PREVPAP, não foram admitidos.

No dia anterior, 21 de Março, foi a vez dos trabalhadores precários da Universidade do Algarve manifestarem o seu desagrado com a situação gravíssima que envolve os investigadores e bolseiros.