Há que chamar de volta os que foram empurrados para fora do País
Foi um êxito a jornada de contacto, esclarecimento e distribuição de documentos levada a cabo na cidade algarvia de Lagos, na manhã do passado sábado, por João Ferreira, cabeça de lista da CDU ao Parlamento Europeu.
Primeiro, no Mercado Municipal de Santo Amaro, a seguir, no Mercado da Reforma Agrária, o candidato parou amiúde para falar com quem comprava ou vendia, ou simplesmente flanava por entre legumes e flores, fruta e ovos, frascos de mel, plantas e aves de capoeira.
Recebido com simpatia, por vezes com surpresa, João Ferreira explicou pacientemente o que pretende o PCP e seus aliados da instituição europeia, as reivindicações que coloca e as lutas que tem pela frente. Denunciou, também, as políticas impostas por Bruxelas que degradaram fortemente sectores essenciais da economia portuguesa, como as pescas, a indústria e a agricultura.
Numa curta intervenção em atenção à população de Lagos, João Ferreira declarou que muito há ainda a fazer em áreas como a «saúde, os transportes e os serviços públicos». É preciso «valorizar as pessoas e os salários», sublinhou.
Lembrou também o que foi alcançado nesta nova conjuntura política dos últimos três anos, como a «reposição dos feriados, a diminuição das taxas moderadoras, o alargamento dos abonos de família ou a gratuitidade dos manuais escolares». Sem a acção do PCP junto do governo, «nada disto teria sido possível». Todavia, é preciso avançar muito mais, «é preciso mais justiça, é preciso mais auxílio à produção nacional, é preciso mais apoio ao Serviço Nacional de Saúde».
E concluiu: «Quantos mais deputados tivermos na Assembleia da República, mais força teremos para fazer avançar a produção nacional, a indústria, as pescas e agricultura, para criar emprego, chamando de volta os que foram empurrados para fora do País».
Para tal, «há que dar mais força à CDU, responsável pelo que se progrediu, ainda que modestamente, nos últimos anos, e dá-la já em Maio, nas eleições para o Parlamento Europeu». João Ferreira lembrou que foram os deputados do PCP no PE que levantaram a voz em defesa das pescas e dos apoios aos prejudicados pelos fogos. «Somos só três em Bruxelas, mas teremos de ser mais para falarmos mais alto em defesa dos interesses nacionais».