27 de Janeiro de 1945 – Libertação de Auschwitz

Mais de um milhão de pessoas perderam a vida no campo de concentração de Auschwitz, localizado perto de Cracóvia, na Polónia, entre 1940 e 1945. Antes de as tropas soviéticas libertarem aquele que foi o maior e mais terrível campo de extermínio nazi, chegaram a ser assassinadas em Auschwitz 10 mil pessoas por dia. Só sete mil presos foram resgatados com vida. «Vi muitas coisas horríveis e de pesadelo nesta guerra, mas o que testemunhei em Auschwitz ultrapassa a imaginação. (...) Ver o estado das pessoas que aqui ficaram – e compreender o que se passou aqui – é suficiente para perder o juízo. (...) Encontrámos as ruínas de quatro fornos crematórios, com capacidade para queimar milhares de pessoas diariamente. (...) Traziam os prisioneiros para o que chamavam “descontaminação”. Forçavam-nos a despir-se e a ir para uma sala na cave, onde havia chuveiros. Quando estava cheia, fechavam as portas e lançavam gás. Após 10-15 minutos, traziam os cadáveres para os crematórios», escreveu o militar soviético Georgi Elisavestski, citado no livro Total War – From Stalingrad to Berlin, de Michael Jones. 74 anos depois, enquanto países da UE (Polónia, Hungria, Croácia, Lituania e Letónia) tentam reescrever a história do nazismo, a Europa assiste ao renascimento da extrema-direita.