No momento em que se assiste à concretização de novos avanços inseparáveis da intervenção do PCP, como é o caso do desagravamento do IRS, visando uma maior justiça e equidade fiscais através da redução da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, continuam a desenvolver-se linhas de aproveitamento procurando capitalizar política e eleitoralmente esses avanços, como é o caso do PS. Por seu lado, PSD e CDS prosseguem uma acção concertada visando desvalorizar cada passo positivo, mesmo que para tal tenham que recorrer à manipulação e à mentira. E, enquanto, sob a batuta do grande capital, se promovem forças e «valores» de extrema-direita e fascistas, desenvolve-se contra o PCP uma linha de silenciamento ou desvalorização da sua intervenção, não hesitando no recurso à mentira, à difamação e à calúnia numa operação anticomunista de grandes proporções que visa atingir o colectivo partidário, a direcção do Partido e a própria CDU, pensando, por esta via, paralisar a sua acção.

Entretanto, sem se deixar intimidar, o PCP prossegue a sua acção reafirmando a natureza distintiva dos princípios, prática e projecto políticos que norteiam a sua actividade.

É neste quadro que avança a intervenção e iniciativa do Partido em que se insere a preparação do Encontro Nacional «Alternativa patriótica e de esquerda. Soluções para um Portugal com futuro», a realizar no dia 2 de Fevereiro em Matosinhos, as audições com comissões de utentes e profissionais de serviços de saúde tendo em vista a preparação da iniciativa legislativa do PCP sobre a Lei de Bases da Política de Saúde, os encontros com a Direcção da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com a reafirmação da posição do PCP reclamando investimento no Ensino Superior e a abolição das propinas ou com o Movimento Erradicar a Pobreza para apontar soluções de fundo para a eliminação da pobreza, e ainda o Encontro Nacional da Juventude Trabalhadora promovido pela JCP.

Particular significado tem a realização da sessão de apresentação do primeiro candidato da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, na passada 5.ª feira em Lisboa, com grande participação e muita confiança e onde intervieram Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, Heloísa Apolónia, dirigente do PEV – Partido Ecologista «Os Verdes», e João Ferreira, primeiro candidato da lista da CDU às eleições do Parlamento Europeu.

Como sublinhou o Secretário-geral do PCP, «pelas provas dadas, pela reconhecida experiência e capacidade demonstradas, pela dedicação e entrega ao trabalho e à causa da defesa dos interesses do nosso povo e País e da solidariedade entre os povos e a sua luta, João Ferreira é a escolha que dá as maiores garantias de travar, juntamente com as forças que compõem a CDU e os outros candidatos, esta importante batalha eleitoral e assegurar, no quadro de um profícuo trabalho colectivo no Parlamento Europeu, a defesa e continuidade de uma acção e intervenção que se distingue e marca a diferença na defesa do interesse nacional e do direito soberano do nosso povo a decidir do seu futuro, por um projecto alternativo para Portugal e para a Europa. Uma intervenção – acrescentou Jerónimo de Sousa – que se distingue das demais forças políticas não apenas pelas opções políticas de fundo e pelos interesses que defendemos, mas também pelo que transporta consigo de inquietações, anseios, aspirações dos trabalhadores e das populações, dando expressão institucional às suas lutas e aos problemas e necessidades do País».

São eleições que, conjuntamente com as que se vão realizar para a Assembleia da República, e também para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, o PCP enfrentará, consciente das acrescidas exigências que as envolvem, mas, ao mesmo tempo, com a confiança e a determinação de quem não desperdiçando nenhuma oportunidade para defender os interesses dos trabalhadores, do povo e do País, se bate, em todos os planos, para fazer avançar o País no caminho do desenvolvimento económico e do progresso social.

Desenvolve-se a luta de massas com acções a decorrer em diversas empresas e sectores e, no ano em que comemoramos o 45.º aniversário do 25 de Abril, na defesa das suas conquistas e valores, avança a preparação da manifestação nacional de mulheres promovida pelo MDM no dia 9 de Março em Lisboa, a manifestação da juventude trabalhadora a 28 de Março e o 1.º de Maio como grande luta convergente, promovidas pela CGTP-IN.

É também neste quadro que avança a acção de reforço do PCP com prioridade à campanha dos 5 mil contactos com trabalhadores, que continua a ser uma importante direcção de trabalho.

Com as exigências de um ano com tantos desafios pela frente, o PCP prosseguirá a intervenção e a luta, com determinação e confiança, ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País. Com a firme convicção que dar mais força ao PCP e à CDU é construir no presente o futuro de Portugal e do seu povo.