A Comissão Concelhia de Viseu do PCP apela à população do concelho para que subscreva a petição pública que exige a «limpeza, abertura e requalificação urgente da Mata do Fontelo», interditada em Outubro a pretexto das consequências da passagem da tempestade Leslie. No dia 22 desse mês, poucos dias após a interdição, o presidente da autarquia, Almeida Henriques, prometeu reabri-la ainda durante essa semana, o que não sucedeu três meses depois. Para além de ainda não ter aberto, a mata em questão apresenta um «cenário caótico, de destruição, lixo, desprezo e falta de respeito pelo património natural e pelos direitos dos utilizadores daquele pulmão da cidade, que deviam fazer corar de vergonha o presidente da Câmara e o executivo municipal», acrescenta o PCP.

A Mata do Fontelo foi, em 2017, palco da apresentação da recandidatura de Almeida Henriques e enaltecida como «sala de visitas por excelência», «jóia rara da natureza», «parque de lazer de nobres e prelados distintos» e «futuro parque botânico». Hoje, não passa de um «verdadeiro campo de batalha, mutilado e destruído, imagem impressiva de uma gestão municipal que privilegia a “política espectáculo”, as festas vínico/gastronómicas de projecção mediática, o anúncio enganoso em detrimento da obrigatória acção no terreno, voltada para a resolução dos problemas», acusam os comunistas.