Como sublinhou o Comité Central do PCP na sua reunião do passado dia 10, «Portugal, os trabalhadores e o povo português estão confrontados com opções decisivas quanto ao seu futuro».

De facto, vivemos uma situação política em que se registam avanços pela acção determinante do PCP e pela luta dos trabalhadores e do povo e, como a situação de reposição de direitos e rendimentos torna evidente, era possível e preciso ir mais longe e encetar um caminho com respostas às necessidades de desenvolvimento do País. Mas a situação que vivemos também mostra que a insistência do PS, em convergência com o PSD e CDS, em manter as opções de submissão ao Euro e às imposições da União Europeia ao serviço do grande capital, constituem um sério obstáculo ao desenvolvimento soberano do País.

Foram estas opções erradas do PS e as sucessivas tentativas do PSD e CDS para branquearem as suas pesadas responsabilidades pelos problemas nacionais, que o Secretário-geral do PCP denunciou na jornada de contacto com os trabalhadores e o povo em torno do tema «Direitos, desenvolvimento, soberania», na passada quinta-feira, sublinhando que os problemas do País, confrontado com vários défices estruturais, não se resolvem com uma política que mantém compromissos com o grande capital e que prossegue o rumo de submissão às regras do Euro e da União Europeia.

Referindo-se ao significado e importância desta jornada, Jerónimo de Sousa, acrescentaria: «Realizamos hoje e amanhã uma jornada de contacto com os trabalhadores e o povo dedicada à valorização da intervenção do PCP no Parlamento Europeu e à afirmação da política patriótica e de esquerda que o PCP propõe ao povo português. Política que tem como um dos seus eixos centrais a defesa e afirmação da soberania e do interesse nacional como elemento central para um futuro de progresso social e desenvolvimento soberano do País».

E, perante a acção ímpar desenvolvida pelos deputados do PCP em defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e pela defesa e afirmação da soberania nacional, a questão que está colocada ao povo português é a necessidade de reforçar o PCP e a CDU, aproveitando a oportunidade que constituem as batalhas eleitorais do próximo ano para o Parlamento Europeu, para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira e para a Assembleia da República.

Como referiu Jerónimo de Sousa, «é num momento em que valorizamos as conquistas, que são do povo, que a ele nos dirigimos para afirmar a necessidade de uma ruptura com o rumo de desigualdade, dependência e abdicação nacional e a possibilidade de abrir caminho a uma alternativa patriótica e de esquerda que enfrente, sem hesitações, a submissão ao Euro e às imposições e condicionamentos da União Europeia, recuperando para Portugal os instrumentos necessários ao seu desenvolvimento soberano, num quadro de uma Europa de paz, cooperação e progresso.»

Assiste-se também ao desenvolvimento da luta reivindicativa dos trabalhadores nas empresas e sectores, por melhores salários e condições de trabalho, por horários dignos contra a precariedade, por uma mais justa distribuição da riqueza, pela revogação das normas gravosas da legislação laboral. Prossegue também a luta das populações em defesa dos seus interesses específicos, nomeadamente em defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado e pela melhoria das suas condições de vida.

Do mesmo modo prossegue a acção de reforço do PCP – com prioridade para a acção dos 5 mil contactos com trabalhadores – e a intensificação da sua acção política, de que foi expressiva demonstração esta semana a realização de um vasto conjunto de iniciativas com a participação do Secretário-geral do Partido, nomeadamente o comício «por um Portugal com futuro» em Almada, o contacto com a população em torno da campanha «direitos, desenvolvimento, soberania», a sessão pública em Évora para reformados, pensionistas e idosos, a 9.ª assembleia da Organização Regional do Algarve do PCP, e a Mesa Redonda «Portugal e a União Europeia – Romper dependências, defender a soberania, construir uma outra Europa».

É com esta acção dinâmica, determinada e confiante que o PCP avança rumo às próximas batalhas políticas e eleitorais, assumindo o seu compromisso irrenunciável com os trabalhadores e com o povo, na luta por mais direitos, por melhores condições de vida, por um Portugal com futuro.