Para evitar uma derrota, a primeira-ministra britânica, Theresa May, adiou a votação no parlamento, agendada para terça-feira, 11, do acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Os deputados deviam decidir se apoiam ou não o convénio com Bruxelas, que amplia o período de transição após a saída, prevista para 29 de Março de 2019. O texto propõe a permanência do Reino Unido num território aduaneiro único com a UE até que se assine um tratado comercial definitivo. No caso de não se chegar a um consenso sobre temas como a fronteira com a Irlanda, ainda pendente de uma solução, entraria em vigor um plano de contingência com normas diferentes para a Irlanda do Norte e o resto do país. A líder conservadora precisava do apoio de 320 dos 650 deputados mas contava apenas com cerca de 240. Agravando o impasse, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, antes de voltar a reunir-se com Theresa May, garantiu que o acordo de saída do Reino Unido da UE não será renegociado. Em Londres, o Partido Trabalhista, na oposição, poderá apresentar em breve uma moção de censura no parlamento.