Vianna da Motta lembrado no CCB

Pianista, compositor, maestro e musicógrafo, Vianna da Motta (1868-1948) foi recordado domingo, 2, com um recital no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a cargo do pianista Artur Pizarro.

No ano em que se assinalam 150 sobre o nascimento de Vianna da Motta, o CCB lembrou aquele que é considerado «um dos maiores pianistas do seu tempo e um dos maiores artistas portugueses de que há memória», uma «personalidade de excepção» que deixou um legado ímpar «enquanto intérprete virtuoso, professor aclamado, pedagogo reformador, compositor inovador e intelectual de rara erudição».

Percursor do que se considera a composição com traços nacionais, Vianna da Motta, que foi entre 1919 e 1938 director do Conservatório Nacional, foi discípulo do pianista e compositor Franz Liszt, que lhe reconhecia um talento especial. Aliás, o português foi com Ferruccio Busoni (1866-1924) um dos intérpretes do recital de homenagem por ocasião dos 14 anos da morte do músico húngaro, realizado em Weimar, na Alemanha, em 1900.

O recital do passado domingo evidenciou, ainda, uma linha de continuidade de uma escola que remonta a Ludwig van Beethoven, uma vez que o grande mestre alemão ensinou Karl Czerney, que foi professor de Liszt, o qual, posteriormente, o foi de Vianna da Motta, que por sua vez teve como discípulo Sequeira Costa, de cujo Artur Pizarro foi aluno.



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