AFIRMAR A ALTERNATIVA LUTAR PELA MUDANÇA

Foi ele­vada a par­ti­ci­pação na ma­ni­fes­tação na­ci­onal con­vo­cada pela GGTP-IN para a pas­sada quinta-feira, dia 15. Largas de­zenas de mi­lhares de tra­ba­lha­dores des­fi­laram pela ave­nida da Li­ber­dade, em Lisboa, du­rante quase três horas, dando ex­pressão con­ver­gente às suas muitas rei­vin­di­ca­ções, exi­gên­cias e pro­testos, re­cla­mando res­postas para os seus pro­blemas e exi­gindo novos avanços que, dando su­porte à con­cre­ti­zação dos seus di­reitos, va­lo­rizem os tra­ba­lha­dores e as­se­gurem uma justa dis­tri­buição da ri­queza criada pelo seu tra­balho.

Foi uma im­pres­si­o­nante jor­nada de luta, com grande com­ba­ti­vi­dade e con­fi­ança, pro­mo­vida pela CGTP-IN em que se ex­pressou a luta dos tra­ba­lha­dores a partir dos lo­cais de tra­balho, das em­presas e sec­tores e a que se as­so­ciou a luta das po­pu­la­ções por me­lhores con­di­ções de vida, por um Por­tugal de jus­tiça e pro­gresso so­cial: Um País com pro­dução va­lo­ri­zada, em­prego com di­reitos, de­sen­vol­vi­mento so­be­rano, um Por­tugal com fu­turo.

Re­a­li­zada no mesmo mo­mento em que na As­sem­bleia da Re­pú­blica se pre­para a dis­cussão na es­pe­ci­a­li­dade do Or­ça­mento do Es­tado para 2019, esta ma­ni­fes­tação foi ex­pressão con­creta da von­tade, das as­pi­ra­ções e re­cla­ma­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo nesse âm­bito. Mas, ao mesmo tempo, foi ex­pressão dos com­bates que os tra­ba­lha­dores estão dis­postos a travar, para lá do OE, por sa­lá­rios, ho­rá­rios, con­di­ções de tra­balho, ne­go­ci­ação co­lec­tiva e pela re­vo­gação das normas gra­vosas da le­gis­lação la­boral.

Re­a­li­zada num quadro de de­sen­vol­vi­mento da luta de massas, foi ela pró­pria a con­fir­mação de que, pela luta, é sempre pos­sível ir mais longe, de­ter­minar avanços, su­perar obs­tá­culos e cons­truir os ca­mi­nhos que le­varão ine­vi­ta­vel­mente à con­cre­ti­zação da al­ter­na­tiva po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que faz falta ao País. Con­firmou também que novos avanços criam novas e me­lhores con­di­ções para pro­gredir rumo a ou­tros passos po­si­tivos em ma­téria de de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos e dão mais força àqueles que, como é o caso do PCP, in­tervêm pro­cu­rando de­ter­minar res­postas para os tra­ba­lha­dores, para o povo e para o País e abrir ca­minho à al­ter­na­tiva ne­ces­sária.

E é exac­ta­mente esse o ob­jec­tivo da Con­fe­rência que o PCP re­a­liza no pró­ximo sá­bado, dia 24, em Se­túbal. Par­tindo da ca­rac­te­ri­zação da si­tu­ação na­ci­onal nas suas di­versas ver­tentes, ana­li­sando os grandes pro­blemas na­ci­o­nais cau­sados por dé­cadas de po­lí­tica de di­reita, a Con­fe­rência afir­mará e pro­jec­tará os eixos e con­teúdos da po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, que o PCP de­fende e propõe ao povo por­tu­guês.

No quadro da dis­cussão na es­pe­ci­a­li­dade do Or­ça­mento do Es­tado para 2019, im­porta também dar re­levo às cento e oi­tenta e duas pro­postas de al­te­ração apre­sen­tadas pelo Grupo Par­la­mentar do PCP na As­sem­bleia da Re­pú­blica e que, se vi­erem a obter apro­vação, cons­ti­tuirão res­postas de ca­rácter po­si­tivo na re­po­sição de mais ren­di­mentos e di­reitos.

Merece também des­taque a re­a­li­zação na pas­sada sexta-feira, 16, do se­mi­nário «Di­reitos, so­be­rania, co­o­pe­ração, paz – uma Eu­ropa dos tra­ba­lha­dores e dos povos» re­a­li­zado pelo GUE/​NGL (Grupo Con­fe­deral da Es­querda Uni­tária Eu­ro­peia /Es­querda Verde Nór­dica) no Par­la­mento Eu­ropeu, em que se in­te­gram os de­pu­tados do PCP, bem como a sessão pú­blica «Sobre os di­reitos dos re­for­mados» da pas­sada terça-feira e, ontem, a apre­sen­tação pú­blica do Pro­jecto do PCP – Lei de Bases da Saúde», todas elas com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa.

No sá­bado, dia 17, re­a­lizou-se a As­sem­bleia Re­gi­onal do Alen­tejo, com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP, im­por­tante passo na afir­mação das suas pro­postas e pro­jecto de de­sen­vol­vi­mento in­dis­so­ciável da in­ter­venção po­lí­tica na­ci­onal e do tra­balho de re­forço do Par­tido que pros­segue com as quatro ori­en­ta­ções pri­o­ri­tá­rias, mas em que so­bressai como pri­meira dessas pri­o­ri­dades nesta fase a acção dos 5 mil con­tactos. É uma acção de grande im­por­tância que im­porta ter pre­sente no con­junto das ta­refas, ini­ci­a­tivas e ac­ções em que as­senta a in­ter­venção do PCP. Im­porta tomar as me­didas de di­recção que se mos­trem ne­ces­sá­rias por forma a con­se­guir a sua con­cre­ti­zação.

No pró­ximo do­mingo re­a­lizar-se-á em Lisboa o 9.º Con­gresso do MURPI sob o lema «Força de Abril, En­ve­lhecer com di­reitos». Con­vo­cados pela sua or­ga­ni­zação uni­tária, que este ano as­si­nala 40 anos de vida, os re­for­mados, pen­si­o­nistas e idosos de­ba­terão a sua or­ga­ni­zação uni­tária e a luta na de­fesa dos di­reitos, que se pro­põem pros­se­guir.

E, se é ver­dade que nessa luta po­derão contar sempre com a so­li­da­ri­e­dade ac­tiva do PCP, também é ver­dade que é pre­ciso dar mais força ao PCP, na luta pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e pela afir­mação da po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, con­dição ne­ces­sária à de­fesa do di­reito a en­ve­lhecer com a dig­ni­dade a que todos têm di­reito.