VISITA Antes de iniciar uma viagem por cinco países da Europa e Ásia, o presidente de Cuba esteve em trânsito em Paris, onde se encontrou com o primeiro-ministro francês e a directora-geral da Unesco.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, concluiu no sábado, 3, uma frutuosa visita à Rússia, primeira etapa do seu périplo internacional que o leva também, até ao dia 12, à República Popular Democrática da Coreia, China, Vietname e Laos.
Em Moscovo, o dirigente cubano manteve encontros com o presidente Vladimir Putin, o primeiro-ministro Dmitri Medvedev, e os presidentes da Duma (câmara baixa do parlamento), Viacheslav Volodin, e do Senado, Valentina Matvienko. Avistou-se também com o líder do Partido Comunista da Federação Russa, Guennadi Ziuganov, e com o patriarca de Moscovo e Toda a Rússia, Kiril.
A visita oficial reforçou os laços de amizade e de cooperação entre Havana e Moscovo, e Díaz-Canel destacou os projectos bilaterais em curso, centrados em áreas estratégicas do desenvolvimento económico – indústria, transporte, energia, biotecnologia e produtos farmacêuticos –, que poderão ser alargados aos sectores de telecomunicações e segurança cibernética.
Numa declaração conjunta no final da visita do presidente cubano, Putin e Díaz-Canel destacam o reforço da cooperação entre a Rússia e Cuba, condenam as políticas de sanções e ingerências, defendem um mundo multipolar e confirmam o carácter estratégico das relações entre os dois países, «unidos por fortes laços históricos, de amizade, simpatia mútua, respeito e apoio solidário».
Encontros em Paris
Em trânsito para Moscovo, o presidente de Cuba e a sua delegação estiveram em Paris. Díaz-Canel foi recebido no Palácio de Matignon pelo primeiro-ministro francês, Edouard Philippe. O estadista cubano destacou a França como um parceiro de referência na Europa, na cooperação, no financiamento e no investimento, lembrando o incremento da participação de empresas francesas em projectos em Cuba.
Na mesma ocasião, a directora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a francesa Audrey Azoulay, após uma reunião com o presidente Miguel Díaz-Canel, na sede daquela entidade, em Paris, revelou ter aceitado o convite para uma visita oficial a Cuba, em 2019, ano do quinto centenário da fundação de Havana.
A directora-geral manifestou a satisfação pelo «renovado apoio à Unesco» expresso pelo presidente cubano, que sublinhou a importância do contributo da organização «num mundo instável».