A Rússia reiterou a denúncia sobre a «responsabilidade total» de Israel no derrube pela artilharia síria de um avião russo de exploração rádio-electrónica na Síria.
Em Moscovo, um porta-voz do Ministério da Defesa deu pormenores sobre o ocorrido no dia 17, quando quatro caças israelitas efectuaram um ataque na província síria de Latakia, onde se localiza a base aérea militar russa de Khmeimim.
Os russos acusam os caças de se terem escudado no avião russo IL-20 para evitar serem detectados pelos radares, o que levou ao seu derrube por uma bateria síria S-200, sobre o Mediterrâneo, provocando a morte dos 15 tripulantes.
A Rússia e Israel têm um acordo para evitar incidentes aéreos na Síria e Moscovo acusa Telavive de ter violado, neste «caso premeditado», as regras estabelecidas. O ataque terá sido comunicado aos russos apenas um minuto antes do seu início, o que não permitiu a retirada do IL-20 da zona.
Entre as medidas de segurança na Síria, acordadas entre a Rússia e Israel, contam-se o estabelecimento de seis postos de controlo e o patrulhamento pela polícia militar russa da zona onde se encontram os «capacetes azuis» da ONU, nos Montes Golan, região síria ocupada por Israel desde 1967.