No Reino Unido, o Partido Trabalhista, na oposição, defendeu a convocação de eleições antecipadas se o parlamento britânico rejeitar os resultados das negociações sobre a saída do país da União Europeia.

No congresso do Labour, em Liverpool, os trabalhistas não descartaram também, como segunda opção, a possibilidade de um segundo referendo sobre a saída britânica da UE (Brexit).

«O nosso partido apoia a realização de eleições gerais em Novembro próximo se o governo não conseguir o apoio do parlamento para o Brexit», confirmou uma porta-voz dos trabalhistas, Rebeca Long-Bailey. «Queremos a convocação de eleições se a primeira-ministra, Theresa May, não obtiver o apoio parlamentar ou inclusivamente do seu Partido Conservador para levar para diante o acordo com a UE», insistiu.

O líder trabalhista, Jeremy Corbyn já tinha advertido, no domingo, 23, em entrevista à BBC, que a situação criada pela rejeição pela UE do plano de Londres sobre o Brexit poderia desembocar em eleições antecipadas. Argumentara que «há muitos deputados conservadores que discordam da actuação do seu governo e podem sentir que este é o momento adequado para que o país tome uma decisão sobre o seu futuro».

Na semana passada, na cimeira informal de chefes de Estado e de governo europeus, em Salzburgo, na Áustria, a UE rejeitou a proposta de Theresa May para o Brexit. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu-lhe que repensasse as soluções para temas fundamentais como o problema irlandês e o quadro das relações futuras entre a UE e a Grã-Bretanha.