DESAFIOS Deputados europeus e latino-americanos discutiram a situação política e social na Europa e na América Latina e os desafios que se colocam aos povos e às forças progressistas das duas regiões.
Realizou-se em Viena, entre 17 e 20 de Setembro, a 11.ª Assembleia Parlamentar Euro-Latino-americana (Eurolat), que juntou deputados do Parlamento Europeu (PE) e de diversos parlamentos da América Latina e das Caraíbas.
João Pimenta Lopes, deputado do PCP no PE e vice-presidente da Eurolat, integrou a delegação do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) que participou nos trabalhos na capital austríaca – informa o Gabinete de Imprensa dos deputados do PCP ao PE, no dia 20.
No âmbito da assembleia, os deputados do GUE/NGL e da esquerda progressista latino-americana «discutiram a situação política e social de ambas as regiões e os desafios que se colocam aos povos e às forças progressistas ante a ofensiva dos EUA e da UE contra os direitos dos trabalhadores e a soberania dos povos».
Foi elaborada uma declaração conjunta, subscrita por parlamentares de Portugal, Espanha, Argentina, Bolívia, Cuba, Nicarágua, Honduras, Uruguai e Equador.
No documento, os deputados expressam a sua solidariedade com a luta que os povos na Europa e na América Latina travam em defesa da soberania e pelo progresso social.
O deputado comunista esteve presente em diversas comissões da assembleia, intervindo sobre «as consequências para Portugal e para o povo português dos constrangimentos e imposições das políticas da UE e o que estas significam de retrocesso social, de ataque a direitos laborais e aos serviços públicos ou de debilitação do aparelho produtivo nacional».
Valorizou «os avanços – ainda que limitados pela atitude de submissão à UE e aos grandes interesses económicos e financeiros por parte do governo minoritário do PS – que foram possíveis com a derrota do governo PSD/CDS, através da luta dos trabalhadores e do povo e a acção determinante do PCP».
E teve ainda a oportunidade de «denunciar a ofensiva em países como o Brasil e a Venezuela e as consequências das políticas de ingerência e desestabilização promovidas pelos EUA e pela UE, expressando solidariedade com os povos daqueles países, mas também com as expressivas comunidades portuguesas que vêem a sua vida afectada por aquelas políticas».