Investir onde é preciso

Suscitado pelo partido do Governo, decorreu na quarta-feira, 19, no parlamento, um debate em torno do Plano Nacional de Investimentos (PNI), o qual, encontrando-se ainda em fase embrionária, foi no entanto apresentado pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, como mais do que «uma colecção de promessas». Apelou, além do mais, a «um amplo consenso nacional» em torno da definição de grandes opções de investimento até 2030, dando, assim, uma espécie de tiro de partida para o «namoro» que se desenrolou na sessão entre PS e PSD. A bancada «laranja», embora seduzida, não se comprometeu.

Da parte do PCP, ressoaram críticas. No encerramento, João Oliveira, líder da bancada comunista, acusou o executivo minoritário do PS de arredar «das considerações do PNI áreas centrais da vida nacional», como são «a Educação, a Saúde, a Justiça, as forças e serviços de segurança, a Cultura, a Protecção Civil ou a Ciência e investigação».

Crítica acentuada fez, também, ao facto de o ministro não ter dissipado «dúvidas e preocupações» colocadas no debate, por Bruno Dias, acerca das opções aeroportuárias e da ferrovia.

Para o Partido, o que se impõe é que o Governo «assuma o investimento público como elemento decisivo para a melhoria da resposta nos serviços públicos, para o aumento da produção nacional, para a coesão regional e territorial, o desenvolvimento do interior e do mundo rural, para a modernização de infra-estruturas e o aumento da capacidade científica e tecnológica», concluiu João Oliveira.



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