Inquéritos abertos sobre discriminação
A Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial, o Alto-Comissariado para as Migrações e a Direcção-geral de Educação (DGE) abriram processos de averiguações para clarificar e apurar eventuais responsabilidades sobre a entrega, por parte de uma empresa de recolha e tratamento de dados, em várias escolas de Lisboa e do Porto, de um questionário em que se pergunta aos alunos se a sua «origem» é «portuguesa, cigana, chinesa, africana, da Europa de Leste, indiana, brasileira, ou outra».
O caso, denunciado pelo Jornal de Notícias, pode configurar crime por violação da legislação relativa a não-discriminação e à protecção dos dados. A DGE confirmou, entretanto, ter recebido a propósito várias queixas, e garante que a sondagem só foi autorizada após os promotores, entre os quais está a Fundação Belmiro de Azevedo, noticiou posteriormente o JN, terem assegurado que a questão relativa à «ascendência racial» seria alterada, o que acabou por não suceder.