As três noites do Auditório 1.º de Maio foram passadas em alegria e festa. Na sexta-feira, se se perdeu na quantidade de concertos, ficou o público a ganhar na qualidade dos mesmos. Os primeiros a pisar o palco foram os artistas do Tributo às Independências. A brisa mais fria que se sentiu, pelo anoitecer, não foi o suficiente para arrefecer o clima quente oferecido por Tété Alhinho, Nelo Carvalho, Micas Cabral e Manecas Costa.
A noite continuou com Os Tubarões, de Cabo Verde que puseram muitos a dançar. Perto do final, o grupo apresentou «Venham mais cinco» de Zeca Afonso, à qual a plateia se juntou e se ouviu, em uníssono, «Não me obriguem a vir para a rua gritar».
A noite de sábado começou em tons mais calmos. Ao som do jazz de André Fernandes Centauri «Dragão» Quinteto, quem ali estava pôde sentar-se e deixar-se levar pela imaginação. Já com os Triquel, de Espanha, a experiência foi a oposta: o espaço encheu-se de movimento quando muitos dançaram ao som de folk rock. A seguir, com Budda Power Blues, a situação inverteu-se e de novo o público teve a oportunidade de relaxar.
Com a chegada de Sangre Ibérico, muitos foram os que aproveitaram os últimos raios de sol ao som do grupo que bebe inspiração do flamenco e do fado. De seguida, Slim Paul, de França, trouxe os blues de novo ao palco.
A noite terminou com dois concertos de rock, The Legendary Tigerman e Dead Combo. Do palco observava-se um mar de gente que dançava num movimento frenético.
No final do último dia, depois do comício, o Auditório rapidamente recuperou o seu público.
Foi uma noite dedicada ao fado, que começou com Paulo Bragança, que ofereceu um momento emotivo. Seguiu-se Marta Pereira da Costa, que deu às clássicas dedilhadas da guitarra portuguesa um toque inovador. Por fim, Aldina Duarte trouxe um espectáculo multifacetado, conduzido por uma das grandes vozes actuais do fado.