O País todo na Festa, da Princesa ao Cabo!

OR­GA­NIZAÇÕES A pre­sença na Festa do Avante! de todas as or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais do PCP em ter­ri­tório na­ci­onal e na diás­pora, bem como das suas or­ga­ni­za­ções com in­ter­venção entre ca­madas es­pe­cí­ficas, como as mu­lheres ou os imi­grantes, cons­titui uma acres­cida razão para não perder o maior acon­te­ci­mento po­lí­tico-cul­tural na­ci­onal, que se re­a­liza de 7 a 9 de Se­tembro.

Vi­sitar os pa­vi­lhões re­gi­o­nais é viver o sui ge­neris pa­tri­mónio de cada dis­trito

Reunir num mesmo local du­rante três dias es­paços em re­pre­sen­tação de todo o con­ti­nente e ilhas é uma ini­ci­a­tiva sin­gular e já as­si­na­lável no pa­no­rama na­ci­onal. E tanto mais o é quanto essa pre­sença de or­ga­ni­za­ções do PCP de todas as re­giões do País na Festa do Avante! não se re­sume a uma par­ti­ci­pação es­tá­tica e re­pe­ti­tiva. Pelo con­trário, vi­sitar os pa­vi­lhões re­gi­o­nais ou de sector que se es­praiam até ao Tejo, da porta da Quinta da Prin­cesa, no topo da Quinta da Ata­laia, até à nova en­trada na Quinta do Cabo, é con­tactar e viver, mesmo que por breves mo­mentos, o sui ge­neris pa­tri­mónio de cada dis­trito. Mas mais: é ficar a par das lutas que ma­te­ri­a­lizam an­seios e as­pi­ra­ções da­queles que nelas vivem e tra­ba­lham e pelos quais nin­guém como os co­mu­nistas se bate.
Aos vi­si­tantes da Festa do Avante! deste ano está assim lan­çado o de­safio para que, através das or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais (OR), co­nheçam cul­tura e po­ten­ci­a­li­dades de terras e gentes que o PCP sabe que contam, e muito, na cons­trução do fu­turo. Mas atenção! Muitos dos pa­vi­lhões das OR do Par­tido estão agora numa lo­ca­li­zação di­fe­rente do ano pas­sado. O que, bem vistas as coisas, to­nará o pé­riplo ainda mais di­nâ­mico por­quanto per­mi­tirá pal­mi­lhar o ter­reno en­con­trando a Festa di­fe­rente.

Sa­bores e lutas
No es­paço dos Açores, além da gas­tro­nomia, do ar­te­sa­nato e dos pro­dutos re­gi­o­nais, os des­ta­ques po­lí­tico-cul­tu­rais vão para a luta dos tra­ba­lha­dores da con­ser­veira Co­faco e para a luta em de­fesa dos di­reitos, ren­di­mentos e mo­bi­li­dade dos aço­ri­anos.
Já no Alen­tejo, onde con­vivem quatro or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais do PCP (Por­ta­legre, Évora, Beja e Li­toral Alen­te­jano), su­blinha-se o cen­te­nário da luta dos tra­ba­lha­dores alen­te­janos pela re­dução do ho­rário de tra­balho (com­bate que hoje, per­ma­nece ac­tual, dado o ob­jec­tivo de re­duzir a jor­nada la­bora e para as 35 horas se­ma­nais). No palco, o cante, pa­tri­mónio ima­te­rial da hu­ma­ni­dade, vai ouvir-se mais alto.
Si­tuado numa zona com am­plas som­bras, o pa­vi­lhão do Al­garve pro­mete ser ainda mais atra­ente para os vi­si­tantes, que ha­bi­tu­al­mente ali vão em busca dos sa­bores e pro­dutos re­gi­o­nais. O es­paço é ainda pro­pício a co­nhecer me­lhor a ex­po­sição evo­ca­tiva do cen­te­nário do nas­ci­mento de José Vi­to­riano, ope­rário cor­ti­ceiro, di­ri­gente sin­dical, an­ti­fas­cista e des­ta­cado di­ri­gente do Par­tido.
Também bas­tante pro­cu­rada pelos apre­ci­a­dores da boa mesa e do ar­te­sa­nato, a OR de Aveiro, agora na zona da Quinta do Cabo, tem na sua pro­gra­mação po­lí­tica um de­bate em torno dos 45 anos do 3.º Con­gresso da Opo­sição De­mo­crá­tica.
À beira do Palco 25 de Abril, por outro lado, o pa­vi­lhão de Braga traz o Minho até à Festa, com pratos e be­bidas de chorar por mais e uma di­ver­si­fi­cada oferta de ar­te­sa­nato, o mesmo su­ce­dendo no es­paço de Viana do Cas­telo, or­ga­ni­zação que se apre­senta igual­mente na Festa com doces e sal­gados que nin­guém quer perder, re­gados a pre­ceito, se caso for, e com uma gama de peças únicas feitas por ar­te­sãos. Ambas vão co­locar em evi­dência as rei­vin­di­ca­ções pró­prias dos tra­ba­lha­dores e do povo mi­nhoto no con­texto da luta mais ampla pela po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda, de que Por­tugal ca­rece.
Se­me­lhante abor­dagem po­lí­tica vai ser feita no pa­vi­lhão de Bra­gança, com esta OR do Par­tido a co­locar em evi­dência a ur­gência e ne­ces­si­dade do re­forço do PCP como factor es­tru­tu­rante para o de­sen­vol­vi­mento de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva que apro­veite as po­ten­ci­a­li­dades e ri­quezas de uma re­gião em­po­bre­cida e fus­ti­gada pela po­lí­tica de di­reita, res­pon­sável pela de­ser­ti­fi­cação e es­va­zi­a­mento do ter­ri­tório, pelo en­cer­ra­mento de cen­tenas de ser­viços pú­blicos, pelo aban­dono da agri­cul­tura e a des­va­lo­ri­zação dos pro­dutos re­gi­o­nais e au­tóc­tones. O mesmo será pos­sível as­si­milar nos es­paços das OR de Cas­telo Branco e Guarda, Viseu e Vila Real, sem es­quecer o vasto pa­tri­mónio de luta de in­ter­venção e de pro­posta dos co­mu­nistas por­tu­gueses.
Rumo ao Li­toral, e de­sig­na­da­mente na OR de Coimbra, a de­vas­tação pro­vo­cada pelos in­cên­dios flo­res­tais, as suas causas e con­sequên­cias e as me­didas ime­di­atas e de fundo que se impõe as­sumir e con­cre­tizar, vão estar em re­levo, o mesmo su­ce­dendo em Leiria, re­gião também as­so­lada pelos fogos no úl­timo ano, onde, além do mais, na sequência na re­a­li­zação da As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal, se co­loca em pri­meiro plano a ne­ces­si­dade do re­forço do PCP, par­ti­cu­lar­mente nas em­presas e lo­cais de tra­balho, e as lutas que têm sido le­vadas a cabo. À flo­resta e ao mundo rural, será de­di­cado um de­bate no sá­bado, 8, às 17h00.
Como é óbvio, nos pa­vi­lhões de Bra­gança, Cas­telo Branco e Guarda, Coimbra, Leiria, Viseu e Vila Real, não faltam a gas­tro­nomia tí­pica capaz de ar­re­batar o pa­lato dos mais exi­gentes.
Com dois palcos (Café Con­certo e um outro de­di­cado ao Fado), bancas de ma­te­riais em se­gunda mão (al­far­ra­bista, feira da ladra, co­le­ci­o­nador) e um sai-sempre, ao que acresce uma ver­da­deira rota de pratos, pe­tiscos e vi­nhos re­gi­o­nais, Lisboa é ímpar na Festa do Avante!. Ímpar será também a ex­po­sição po­lí­tica, de­di­cada ao tema «Tra­balho e Ca­pital».
Para a Ma­deira, sem ne­ces­si­dade de voar, podem se­guir os vi­si­tantes da Festa, lá en­con­trando pratos e be­bidas únicas e uma ex­po­sição que re­corda a vaga re­pres­siva fas­cista de­sen­ca­deada em 1948 com o in­tuito de des­truir a or­ga­ni­zação do PCP na ilha.
No Porto, a oferta de gas­tro­nomia e ar­te­sa­nato de todo o dis­trito são ra­zões mais do que su­fi­ci­entes para uma vi­sita e, porque não, uma per­ma­nência mais pro­lon­gada com a cer­teza de um sa­lutar con­vívio. A ne­ces­si­dade de re­forçar o PCP e a sua in­fluência po­lí­tica e re­cu­perar da onda des­tru­tiva da po­lí­tica de di­reita – agra­vada pelo go­verno PSD/​CDS e pelo me­mo­rando com a troika es­tran­geira que estes par­tidos e o PS subs­cre­veram –, de­sig­na­da­mente nos ser­viços pú­blicos e fun­ções so­ciais do Es­tado, são os atrac­tivos po­lí­ticos.
De po­lí­tica também se fala no pa­vi­lhão de San­tarém, no­me­a­da­mente su­bli­nhando os 60 anos da grande greve do Couço e os 125 anos do nas­ci­mento de Maria Lamas, sem es­quecer os com­bates ac­tuais dos tra­ba­lha­dores e po­pu­lação do dis­trito. Tal como no es­paço de Se­túbal, de resto, no qual, além do mais, será pos­sível con­firmar, pelo pa­tri­mónio de in­ter­venção ali plas­mado, o im­pres­cin­dível papel dos co­mu­nistas no dis­trito e a sua ín­tima li­gação às massas la­bo­ri­osas.



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