Maduro acusa Colômbia de tentar assassiná-lo

INTENTONA Drones carregados de explosivos foram utilizados para tentar assassinar o presidente da Venezuela. Maduro acusou sectores da oligarquia colombiana e da extrema-direita venezuelana do falhado golpe terrorista.

«São preparativos golpistas do Império» na América Latina

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que apresentará provas da implicação da Colômbia na tentativa falhada de assassinato contra ele e outros dirigentes do país.

No sábado, dia 4, à tarde, durante uma parada militar comemorativa do aniversário da Guarda Nacional Bolivariana, na Avenida Bolívar, em Caracas, «um grupo de terroristas tentou assassinar o presidente da Venezuela com a utilização de drones carregados de explosivos».

Poucas horas depois de ter saído ileso da intentona, Maduro denunciou a implicação directa nestas acções «da oligarquia colombiana e do presidente desse país, Juan Manuel Santos, assim como de sectores da ultradireita venezuelana radicados no estado norte-americano da Florida».

As autoridades venezuelanas anunciaram que os corpos de polícia e da segurança do Estado já capturaram «todos os autores materiais do acto terrorista» e prosseguem as investigações, procurando chegar aos «autores intelectuais».

Dirigentes políticos, partidos, organizações e movimentos progressistas de todo o mundo já condenaram a acção criminosa contra o presidente Nicolás Maduro, que recebeu mensagens de solidariedade dos seus homólogos de Cuba, Bolívia e Nicarágua, entre muitas outras manifestações de repúdio do acto.

O presidente boliviano, Evo Morales, afirmou, a propósito, que o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, realizou nos últimos 12 meses três viagens a diversos países latino-americanos para se reunir com os respectivos dirigentes e pedir-lhes «apoio para uma intervenção militar contra a Venezuela». E, na rede social Twitter, alertou: «Estes são os preparativos golpistas do Império».

PCP condena atentado

O PCP condenou o atentado terrorista contra a vida do presidente Nicolás Maduro, bem como de outros altos dirigentes da República Bolivariana da Venezuela, perpetrado em Caracas, no passado dia 4 de Agosto, durante as comemorações do 81.º aniversário da criação da Guarda Nacional Bolivariana.

O PCP considera, numa nota do seu Gabinete de Imprensa, divulgada na segunda-feira, 6, que tal acto «é indissociável da campanha de desestabilização e ingerência, em desenvolvimento contra a Venezuela, protagonizada pelas forças reaccionárias e pelo imperialismo que está a atingir gravemente as condições de vida do povo».

O PCP expressou «a sua solidariedade ao presidente Nicolás Maduro, ao legítimo governo bolivariano e às forças revolucionárias e progressistas venezuelanas que persistem na defesa da revolução bolivariana e da soberania da Venezuela».

 



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