O PCP participou, no passado dia 12, no Fórum Internacional «Partido Comunista da Ucrânia – o Partido do povo e para o povo», organizado pelo PCU em Kiev. A iniciativa celebrou os 100 anos da fundação do partido e os 25 anos do seu renascimento e contou com a participação de mais de 250 delegados de todo o país, representando as diversas organizações regionais e locais.
Na intervenção de abertura, o Secretário-geral Petro Symonenko abordou aspectos da história do partido até ao fim da União Soviética, momento em foi proibido. Em 1993, através da resistência e intervenção dos seus militantes, reconquistou a legalidade e a capacidade de intervir no país, retomando uma importante influência política e social. Abordou, igualmente, os momentos mais recentes da história da Ucrânia desde o golpe de Estado de cariz fascista, incluindo as violentas perseguições aos militantes do PCU, a destruição das suas sedes, o atropelo às liberdades e direitos democráticos e a brutal opressão que o regime tem vindo a impor ao povo ucraniano, a par da degradação das condições laborais e sociais do povo.
Symonenko referiu ainda algumas medidas que estão a ser tomadas por parte do seu partido para manter e retomar a actividade, nomeadamente através da intervenção organizada e da tentativa de recuperação do seu jornal, Komunist. O PCU procura, assim, contrariar o processo que decorre nos tribunais visando a sua ilegalização e as provocações e perseguição a que continuam a sujeitá-lo. Exemplos mais recentes foram as invasões da sua sede, a 8 de Maio e 19 de Julho, com o pretexto de realização de «buscas».
Intercaladas com intervenções de responsáveis de diversas organizações e do Comité Central do PCU, intervieram representantes de outros partidos, como o PC da Boémia e Morávia, PC da Moldávia, PC da Grécia, AKEL (Chipre), PT Húngaro e PCP. Em representação deste último, João Pimenta Lopes, deputado no Parlamento Europeu, expressou a solidariedade à luta e resistência dos comunistas ucranianos, caracterizou a situação nacional e internacional e apontou os desafios e tarefas com que o movimento comunista e revolucionário internacional está confrontado.
A presença das delegações internacionais, e em particular a do PCP, neste como noutros momentos, foi valorizada pelo PCU como uma importante expressão de solidariedade na denúncia do regime fascizante ucraniano, mas igualmente como contribuição para a confiança e resistência dos comunistas ucranianos.