Britânicos enchem ruas e praças em repúdio pelas políticas de Trump
REINO UNIDO Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se na passada semana em várias cidades do Reino Unido, para condenar as políticas xenófobas do presidente dos EUA, Donald Trump, em visita ao país.
Britânicos condenam visita de Trump em grandes manifestações
Sob o lema genério «Stop Trump», cerca de 250 mil pessoas manifestaram-se, dia 13, em Londres, contra a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Logo pela manhã, centenas de pessoas concentraram-se frente ao parlamento britânico, onde fizeram subir um boneco insuflável gigante, representando um Trump bebé vestido de fraldas, iniciativa que teve o apoio do edil de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, que já foi objecto de ataques verbais da parte do presidente norte-americano.
À tarde, a grande manifestação, organizada pela Assembleia Popular (People's Assembly), com a adesão dos principais sindicatos e de vários partidos políticos, nomeadamente dos trabalhistas, terminou na Praça Trafalgar, em pleno centro da capital britânica.
Aí, num palanque instalado junto à Coluna de Nelson, o actual líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, dirigiu-se à multidão para declarar que «quando nos unimos com um objectivo comum, todos ganhamos».
«Não a Trump, não ao KKK [Klu Klux Klan], não à América fascista!» foi um dos muitos cânticos entoados ao longo da tarde pelos manifestantes, que empunharam cartazes condenando o xenofobismo e a política anti-imigrantes do chefe da Casa Branca.
No protesto, cuja dimensão excedeu as expectativas dos organizadores, foi igualmente notada a presença do antigo líder trabalhista, Ed Milliband e do ex-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg.
Desde a chegada de Trump ao Reino Unido, na quinta-feira, 12, a coligação «People's Assembly» promoveu manifestações em várias cidades inglesas, designadamente, Bristol, Newcastle, Leeds, Cambridge e Cardiff, e ainda em Glasgow e Edimburgo, na Escócia.