Alegria, solidariedade e luta com olhos postos no futuro

IGUAL­DADE O Se­cre­tário-geral do PCP par­ti­cipou, do­mingo, 8 de Julho, na 29.ª edição do Pas­seio das Mu­lheres CDU da Ci­dade do Porto, em Olhos de Fer­vença, Can­ta­nhede.

A po­lí­tica de di­reita con­tinua a be­ne­fi­ciar o grande ca­pital

Nesta ini­ci­a­tiva, de traços pro­fun­da­mente po­pu­lares e uni­tá­rios, par­ti­ci­param vá­rias cen­tenas de pes­soas, num am­bi­ente de ale­gria e so­li­da­ri­e­dade que per­mitiu a in­ter­venção po­lí­tica de olhos postos no fu­turo, re­for­çando luta pela me­lhoria das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês.

Como não po­deria deixar de ser, ali foi des­ta­cada a im­por­tância da luta das mu­lheres em de­fesa e pro­moção dos seus di­reitos, pela ver­da­deira igual­dade no plano so­cial, eco­nó­mico, po­lí­tico e cul­tural, contra todas as formas de opressão, dis­cri­mi­nação e vi­o­lência.

No mo­mento das in­ter­ven­ções po­lí­ticas, su­biram ao palco, além de Luísa Ba­ra­teiro, do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes», Carlos Mar­ques, da Co­missão Con­ce­lhia de Can­ta­nhede, Rui Sá, eleito na As­sem­bleia Mu­ni­cipal do Porto, Diana Couto, do Se­cre­ta­riado da Di­recção Re­gi­onal do Porto e res­pon­sável pela Or­ga­ni­zação da Ci­dade do Porto, Jaime Toga, da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral, e Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP.

Des­ca­rac­te­ri­zação do Porto
Rui Sá alertou para o au­mento «pre­o­cu­pante» da es­pe­cu­lação imo­bi­liária na ci­dade do Porto, que está a ex­pulsar os re­si­dentes para pro­mover o «mer­cado de ar­ren­da­mento tu­rís­tico». Esta si­tu­ação, adi­antou «está a levar à des­ca­rac­te­ri­zação do pró­prio Porto», um «pe­rigo que nós (PCP e CDU) con­ti­nu­amos a com­bater». A re­cusa do PS em re­vogar a «Lei dos des­pejos», apro­vado pelo an­te­rior go­verno PSD/​CDS, re­flecte a sua opção pelos in­te­resses do grande ca­pital.

Op­ções de classe
Por seu lado, o Se­cre­tário-geral do PCP cri­ticou o Go­verno face à sua po­lí­tica de ob­sessão pela re­dução do dé­fice e voltou a afirmar que a «dí­vida» de Por­tugal – «in­sus­ten­tável» e «não pa­gável» – im­pede o in­ves­ti­mento, con­some re­cursos e ri­quezas na­ci­o­nais.

Como exemplo, re­feriu os 35 mil mi­lhões de euros que o País gas­tará em juros da dí­vida até 2022, que «vão di­rei­ti­nhos para o sor­ve­douro do ser­viço da dí­vida», os mais de dois mil mi­lhões de euros por ano para as par­ce­rias pú­blico-pri­vadas e os mais de 1,2 mil mi­lhões de euros gastos em swaps rui­nosas. «O pro­blema não está no di­nheiro, mas nas op­ções que se tomam de manter in­to­cável os lu­cros dos po­de­rosos», acusou, pe­dindo «mais força ao PCP e à CDU» para que «na As­sem­bleia da Re­pú­blica e fora dela pos­samos dar voz a quem não a tem».

Je­ró­nimo de Sousa anun­ciou ainda que o PCP, na pró­xima dis­cussão do Or­ça­mento do Es­tado, vai lutar por «me­lhores sa­lá­rios», um «novo au­mento ex­tra­or­di­nário das pen­sões e re­formas», uma «po­lí­tica di­fe­rente na saúde» e a «va­lo­ri­zação da Es­cola Pú­blica, com a gra­tui­ti­dade dos ma­nuais es­co­lares até ao 12.º ano». O Par­tido vai ainda propor que «re­vertam para o sector pú­blico em­presas que hoje dão muitos mi­lhões de euros de lucro que vão di­rei­ti­nhos para o es­tran­geiro».

 



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