Governo da Nicarágua
A vice-presidente da Nicarágua, Rosário Murillo, pediu paz e diálogo aos seus concidadãos, face aos recentes actos de violência no país centro-americano.
«A Nicarágua sofreu muito e continuará a sofrer se não mudarmos, se recorrermos à violência», afirmou a dirigente, na terça-feira, 8, em Manágua, exortando os nicaraguenses a «fazer a paz».
«Insistimos todos os dias: não à violência, sim ao diálogo, à justiça, ao fortalecimento da paz», insistiu a vice-presidente, que expressou a sua fé no diálogo como mecanismo para encontrar as melhores soluções para o bem-estar de todas as famílias.
Grupos de vândalos pretendem semear o caos na capital nicaraguense ao realizar uma série de agressões que atemorizam as pessoas, noticia a Prensa Latina. E dá exemplos: delinquentes queimaram uma viatura do canal TN8 e roubaram os materiais dos jornalistas, que foram ameaçados; a imagem da Virgem de Cuapa foi destruída no bairro de Ticuantepe; quatro veículos de transportes urbanos foram sequestrados e dois deles incendiados.
A escalada da violência intensificou-se no domingo passado, quando foram atacadas pessoas e instituições nos municípios de Niquinohomo e Catarina, no departamento de Masaya, conforme denúncias da população.
O governo de Manágua atribui os actos de vandalismo a «grupos de desestabilizadores e promotores do ódio», manipulados pela oposição de direita. A maioria da população condena a violência e a destruição de bens públicos.
Iniciados a 18 de Abril, os incidentes foram detonados por uma proposta de reforma do sistema de segurança social, contestada nas ruas, que mais tarde foi retirada pelo presidente Daniel Ortega, visando a estabilidade no país. Os confrontos entre manifestantes e forças da ordem provocaram mortos e feridos.