PROSSEGUIR A LUTA PELOS MESMOS IDEAIS
«Proletários de todos os países, uni-vos!»
Com a participação de muitas centenas de pessoas, realizou-no passado sábado, 5 de Maio, em Penafiel o comício do PCP evocativo do segundo centenário do nascimento de Karl Marx. Foi uma iniciativa de profundo significado político realizada por um Partido que afirma a actualidade e validade do pensamento de Karl Marx contra a exploração capitalista, contra as injustiças e as desigualdades sociais.
Como sublinhou o Secretário-geral do PCP neste comício, «em Portugal, o PCP é essa grande força que se define como o partido político do proletariado e vanguarda da classe operária e de todos os trabalhadores. A grande força que honrosamente assume o legado de Marx, Engels e Lénine. A grande força que no seu trajecto quase centenário de luta ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País, se orgulha da sua contribuição para a difusão, confirmação e enriquecimento das teses fundamentais do pensamento marxista com uma experiência de muito valor e com a elaboração de um projecto que é produto do pensamento próprio do nosso Partido e respondente às especificidades nacionais».
As comemorações vão prosseguir até ao final do ano de 2018 reafirmando o socialismo como exigência da actualidade e do futuro e o compromisso do PCP com o ideal e o projecto comunistas. É um projecto que o Partido Comunista tudo fará para continuar a honrar, cumprindo as suas responsabilidades nacionais e internacionais de grande força de liberdade, da democracia, do progresso social, do socialismo, ao serviço dos trabalhadores e do nosso povo e solidário com a luta dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo.
Continuam a fazer-se sentir os efeitos das grandiosas comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio por todo o País, com particular expressão na grande jornada de luta que foi o Dia do Trabalhador com a afirmação do movimento sindical de classe materializado na CGTP-IN e da luta organizada como factor decisivo na transformação social. Regista-se a generalidade das manifestações e acções, pela mobilização e participação organizada, combatividade e objectivos e a marcação de manifestação nacional para o dia 9 de Junho em Lisboa.
Entretanto, Maio é um mês de muitas lutas nas empresas, locais de trabalho e sectores no âmbito da acção reivindicativa que prossegue.
Procurando desviar as atenções destas lutas e da situação económico-social do País, prossegue também, por parte da comunicação social dominante, uma intensa campanha mediática em torno de sucessivos casos de corrupção, procurando insistir na velha ideia de que todos os partidos e políticos são corruptos e, ao mesmo tempo, desresponsabilizar o grande capital. Para o PCP, estes casos não podem ser dissociados da política de concentração e centralização da riqueza assente nas privatizações, na financeirização da economia, na liberalização da circulação de capitais e na economia de casino e paraísos fiscais que favorece a especulação. Também não pode ser desligada das negociatas, da fraude, da corrupção e todo o tipo de esquemas de enriquecimento rápido à custa da exploração do trabalho e do património comum do povo. Não pode ser separada da submissão do poder político ao poder económico e das crescentes relações de promiscuidade que se desenvolvem entre ambos. E muito menos pode ser isolada de mais de quatro décadas de política de direita da responsabilidade do PS, PSD e CDS e que levou à submissão à União Europeia e ao euro e à reconstituição dos monopólios que dominam o País.
No mesmo sentido, a pensar já nas próximas eleições, desenvolve-se uma mediática acção de promoção da nova direcção do PSD procurando diluir as pesadas responsabilidades daquele partido na vida política do País e, em particular, fazer esquecer a sua acção na exploração, empobrecimento e declínio nacional que o anterior governo PSD/CDS levou a cabo.
O PCP continua a centrar atenções nas questões que têm a ver com direitos dos trabalhadores, serviço nacional de saúde, habitação, micro, pequenas e médias empresas, entre outros.
Nesta linha de intervenção, merecem registo positivo as iniciativas realizadas pelo Partido, nomeadamente com a participação de Jerónimo de Sousa, de que são exemplos a iniciativa em Lisboa sobre habitação e o encontro do PCP sobre as micro, pequenas e médias empresas (MPME). Tratou-se de iniciativas que, num quadro de complexidades, contradições e de grandes dificuldades para as populações e para as MPME, permitiram recensear problemas, valorizar conquistas e contribuir para as propostas e medidas pelas quais o PCP desenvolverá a sua intervenção.
A par de toda esta intensa acção, o PCP continuará a dar grande prioridade ao seu reforço com particular atenção neste momento à entrega do novo cartão de membro do Partido, à campanha dos cinco mil contactos com trabalhadores e à responsabilização de quadros. É também neste quadro que é urgente avançar na divulgação da Festa do Avante! e venda antecipada da EP.