AVANTE!

«Consciente das suas responsabilidades, o PCP dinamiza a intervenção politica»

O Avante! comemora hoje o seu 87.º aniversário. No quadro de uma grande ofensiva ideológica e de propaganda do grande capital que vai assumindo novas e mais vastas proporções, com os poderosos meios cada vez mais concentrados de que dispõe e sobre os quais exerce um férreo controle, o Avante! cumpre um importante papel na divulgação das posições, análises e orientações do PCP a nível nacional e internacional; na preparação para a intervenção na batalha das ideias; na divulgação da informação sobre a luta dos trabalhadores e dos povos.

O Avante! é o único jornal que, no quadro da imprensa portuguesa, dá voz e expressão aos interesses, direitos, lutas e aspirações dos trabalhadores e do povo, dos democratas e patriotas, dos micro, pequenos e médios empresários e agricultores, dos intelectuais e quadros técnicos, dos reformados, das mulheres e dos jovens.

É nas páginas do Avante! que se dá expressão à luta dos trabalhadores e do povo pela defesa, reposição e conquista de direitos, pela ruptura com a política de direita, por uma alternativa patriótica e de esquerda, por uma democracia avançada vinculada aos valores de Abril, pelo socialismo e o comunismo.

Nas páginas centrais desta edição dá-se nota de um diversificado conjunto de iniciativas de aniversário do Avante! levadas a cabo pelas organizações do PCP. Estas comemorações, inserindo-se na acção geral de reforço do Partido, constituem um momento de afirmação e valorização do papel do Avante! com a tomada de medidas tendo em vista alargar a sua difusão e venda regular.

Prossegue a operação de cosmética política no PSD, com congresso marcado para o próximo fim-de-semana, num quadro em que são várias as vozes que procuram colocar na ordem do dia a alteração do sistema político com o objectivo de interromper a defesa, reposição e conquista de direitos e aprofundar a política de direita. O CDS, por sua vez, vai fazendo declarações atrás de declarações procurando apagar da memória dos portugueses o que foi a sua acção no governo em que se destacou na extorsão de direitos e confisco de rendimentos aos trabalhadores, reformados e idosos a favor dos mais ricos e poderosos.

Por seu lado, o PS, submisso às orientações da União Europeia e aos ditames do grande capital, insiste na sua opção de recusa de alteração das normas gravosas da legislação laboral, assumindo o alinhamento com os eixos centrais da política de direita com que nunca quis romper. Como ficou, aliás, visível ao rejeitar, juntamente como PSD e CDS, a iniciativa legislativa do PCP que visava a reposição do pagamento do trabalho extraordinário e o trabalho em dia feriado.

No mesmo sentido, procurando condicionar a opinião pública e desviar as atenções dos problemas reais do País e da intensa acção do PCP, silenciando as suas iniciativas, promove-se uma poderosa campanha mediática que procura dar centralidade a questões laterais da vida política, em prejuízo das propostas e combates do PCP, nomeadamente pela valorização do trabalho e dos trabalhadores; em defesa das funções sociais do Estado (nos domínios da Saúde, Educação e Segurança Social); pelo investimento público; em defesa do aparelho produtivo e da produção nacional; pelo direito à reforma por inteiro, sem penalizações, pelos trabalhadores com longas carreiras contributivas; pelo controlo público dos CTT com garantia de um serviço postal público.

O PCP desenvolve, de facto, uma acção dinâmica em que se integram as iniciativas na Assembleia da República tendo em vista eliminar as normas gravosas da legislação laboral, as jornadas parlamentares em Portalegre em defesa do investimento no desenvolvimento do País e a acção de quinta-feira, dia 8, pela defesa do serviço postal e pelo controlo público dos CTT. Mas em que se insere de igual modo a conferência sobre Karl Marx a realizar nos dias 24 e 25 de Fevereiro, na Voz do Operário em Lisboa.

É também neste quadro que se desenvolve intensa acção de massas com lutas em muitas empresas e sectores e assume um particular significado e importância a preparação e mobilização para a manifestação em defesa do serviço postal público e pelo controlo público dos CTT, no próximo dia 23, a mobilização para a manifestação nacional de mulheres promovida pelo MDM no dia 10 de Março em torno das suas reivindicações concretas e a manifestação da juventude trabalhadora promovida pela Interjovem a 28 de Março, todas elas em Lisboa. É também neste quadro, que assume, desde já, grande importância a preparação da grande jornada de luta do 1.º de Maio a partir da dinamização da acção reivindicativa nas empresas, locais de trabalho e sectores.

Consciente das suas responsabilidades, o PCP dinamiza a intervenção política procurando responder aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País; estimula a luta de massas; leva à prática medidas tendo em vista o seu reforço (em que se insere a inauguração do Centro de Trabalho do PCP no Cadaval no passado domingo); alarga a unidade e convergência com democratas e patriotas; desenvolve uma acção ímpar pela ruptura com a política de direita e pela alternativa patriótica e de esquerda.