Aumento de comissões é escandaloso
O PCP protestou, no dia 1, contra o escândalo que representa o novo aumento das comissões bancárias na CGD. Numa nota do Gabinete de Imprensa, o Partido lembra que as comissões representam já, antes deste aumento, cerca de 450 milhões de euros por ano e rejeita que o número de operações actualmente taxadas pelo banco público e o valor atribuído a cada uma delas o equipare a um qualquer banco privado cujo único objectivo é o lucro máximo. Mais escandalosa se torna toda esta situação quando as taxas registam o terceiro aumento no espaço de um ano.
Para o PCP, a actividade do banco público «deve centrar-se na actividade bancária, na captação de poupanças e empréstimos, virando a sua actividade prioritariamente para o apoio às famílias e à economia, privilegiando as PME». Ela não deve, portanto, «procurar resultados pela via mais fácil, que é aprofundar a exploração das famílias que acreditam na importância da existência do banco público». O Governo não pode, segundo o Partido, continuar a refugiar-se na existência de uma entidade reguladora para não intervir na gestão da Caixa, nada fazendo para impedir a manutenção de uma gestão de natureza privada, «verdadeira responsável pelo processo de reestruturação em curso».