Temporada confirma vitalidade da Companhia de Teatro de Almada

TEMPORADA No ano em que assinala quatro décadas de estada no concelho da margem Sul do Tejo, a Companhia de Teatro de Almada apresenta-se com uma temporada recheada de espectáculos de qualidade.

Faz 40 anos que a CTA está instalada em Almada

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A apresentação da temporada da Companhia de Teatro de Almada (CTA), realizada na noite de sábado, 6, revelou uma vez mais a vitalidade daquele que é um dos mais notáveis casos de estreita e afectiva ligação entre um grupo de teatro e a comunidade em que se insere. A grande sala do Teatro Municipal Joaquim Benite completamente cheia para conhecer a programação do ano é disso testemunho, juntamente com as mais de 600 pessoas que hoje compõem o Grupo de Amigos daquele importante equipamento cultural, uma referência a nível nacional.

A CTA tem uma intensa actividade criativa, só comparável à dos teatros nacionais (mas com meios muito menores), e organiza anualmente aquele que é de longe o maior festival de teatro do País e um dos mais importantes da Europa: o Festival de Teatro de Almada. Como mostra a exposição que estará patente ao longo do ano de 2018 e num livro que em breve será editado, a construção, crescimento e consolidação da Companhia de Teatro de Almada devem-se precisamente a esta relação próxima entre os criadores e o públicos e destes com a comunidade.

O apoio e estímulo desde sempre concedidos pelas diversas gestões CDU na Câmara Municipal foram também essenciais para que a CTA chegasse onde chegou: a cedência dos teatros municipais (primeiro o actual Teatro Estúdio António Assunção e depois o imponente Teatro Municipal Joaquim Benite) para acolher a companhia é apenas uma das inúmeras manifestações deste apoio. A actual maioria PS-PSD que dirige a autarquia garante que vai manter o apoio à CTA e ao festival, mas será nos actos mais do que nas palavras que se poderá aferir a veracidade destas promessas. A julgar pelo que está em curso noutros sectores da actividade municipal, as dúvidas são legitimamente mais do que muitas.

Mais um ano intenso
Em termos de programação, a temporada do Teatro Municipal Joaquim Benite fica desde logo marcada por quatro criações originais da CTA: para a infância, «O Romance da Raposa», baseada na obra de Aquilino Ribeiro encenada por Teresa Gafeira; para o público adulto, «Morte de um caixeiro viajante», de Arthur Miller, com encenação de Carlos Pimenta; «A boa alma de Sé-Chuão», de Bertolt Brecht, encenada pelo alemão Peter Kleinert; e «Mártir», de Marius von Mayenburg, com encenação do director artístico da CTA Rodrigo Francisco.

Este último espectáculo reflecte sobre o fundamentalismo, que, como lembra o autor, não é apanágio de apenas uma religião. Relaciona-se assim com a peça que foi estreada em Dezembro e que se encontra em exibição até 28 de Janeiro, «Nathan, o Sábio», também ela uma reflexão sobre a religião e a convivência inter-religiosa.

O teatro acolhe ainda ao longo do ano espectáculos de outras companhias e criadores, como são os casos de «Humidade», de Rui Madeira; «O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor», de António Olaio; «Crise no parque Eduardo VII», pela Comuna; ou «Macbeth», obra maior de Shakespeare na versão de Nuno Carinhas.

Espectáculos para a infância, música e bailado compõem a programação, que pode ser consultada no sítio da CTA na Internet: www.ctalmada.pt.




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