Recuperação económica e precariedade
Um documento do Barómetro das Crises, do Observatório sobre Crises e Alternativas, divulgado dia 5, considera que os dados mais recentes dos Fundos de Compensação do Trabalho e de Garantia de Compensação do Trabalho mostram que a consolidação da recuperação económica não alterou em 2017 a distribuição por tipo de contratos celebrados depois de 2013.
«O peso dos contratos permanentes nos contratos assinados desde 2013 continua a ser diminuto (cerca 34% dos novos contratos vigentes em Outubro de 2017). A disparidade entre o número de contratos assinados e vigentes continua a ser reveladora da volatilidade dos contratos de trabalho, visivelmente à revelia da lei», refere o documento, citado pela Lusa.
A precariedade, de acordo com a mesma fonte, é acompanhada por uma degradação da remuneração média dos novos contratos permanentes (837 euros mensais brutos no final do primeiro semestre de 2017), e de uma subida da remuneração média dos contratos não permanentes (777 euros mensais brutos no final do primeiro semestre de 2017), tudo apontando para que o salário mínimo nacional (SMN) se apresente crescentemente como a remuneração de referência.