Por iniciativa dos eleitos do PCP, a Assembleia da União das Freguesias de Charneca de Caparica-Sobreda aprovou, no dia 20, com a abstenção do PS e os votos contra do PSD, a moção «Não às portagens na A33. Abolição imediata do pagamento de portagens no pórtico do nó da Queimada».

O documento lembra que a construção da A33 «resultou de uma sistemática e persistente reivindicação do Poder Local e das populações», com o objectivo de «diminuir o tráfico no interior da Charneca de Caparica, melhorando a qualidade ambiental e a qualidade de vida das populações locais», mas também «beneficiar a economia permitindo às micro, pequenas e médias empresas da nossa região uma maior acessibilidade».

No entanto, e sem anúncio prévio ou pedido de parecer às autarquias locais, foi imposto o pagamento de portagens, penalizando os custos com a mobilidade e aumentando a intensidade do tráfego rodoviário local.

Neste sentido, a Assembleia de Freguesia exige, junto do Governo, «a abolição imediata do pagamento de portagens no pórtico do nó da Queimada, de forma a minorar os impactos na mobilidade rodoviária que as obras de requalificação da EN 377 inevitavelmente terão» e a «abolição definitiva das portagens na A33 em toda a sua extensão».

Este órgão manifesta ainda a sua «solidariedade aos utentes e suas lutas na exigência da abolição das portagens na A33» e repudia «a ausência de qualquer resposta institucional manifestada pela tutela governativa ao pedido solicitado pela Junta de Freguesia de Charneca de Caparica-Sobreda, em Janeiro de 2017 e que até ao final do mandato anterior não obteve qualquer resposta».

Compromisso com a população
Na primeira sessão da Assembleia das Freguesias de Charneca de Caparica e da Sobreda, realizada no dia 6, os eleitos do PCP, agora na oposição, anunciaram que vão apoiar e aprovar todas as propostas, decisões, acções e projectos que, entre outras matérias, permitam concretizar os «compromissos assumidos», promover e aprofundar «as operações de reabilitação urbana de revitalização dos territórios e reabilitação do edificado».

Por outro lado, será rejeitado tudo o que possa «colocar em causa o caminho de progresso e desenvolvimento» e exigida a «reposição de direitos e serviços retirados às populações». «Continuaremos a bater-nos consequentemente pela reposição dos órgãos da Freguesia da Charneca de Caparica e da Freguesia da Sobreda, indispensável reaproximação do Poder Local Democrático às populações que representa», defendem os comunistas.

Naquela sessão, foi ainda aprovada, com os votos contra dos eleitos do PSD, a moção «Pela reposição da Freguesia de Charneca de Caparica e da Freguesia de Sobreda».