Século VII – Bolha das túlipas

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As famosas tulipas holandesas, um dos símbolos do país, estão na origem do que ficou conhecido como «tulipomania», um estranho fenómeno que parecia impensável na sociedade conservadora protestante de uma Holanda em plena expansão económica. Tudo terá começado nos finais do século XVI quando o botânico Carolus Clusius plantou no seu jardim bulbos de túlipas que trouxera de Constantinopla (actual Istambul, na Turquia) para fins medicinais. A beleza da então rara flor atraiu a atenção e a cobiça. O roubo e venda de bulbos que se seguiu deu início a um lucrativo negócio que afectou todo o país. Todos queriam ter acesso às túlipas; como a procura excedia a oferta, começou a especulação. Sendo o período de floração sazonal, os especuladores contornaram o problema passando a vender «contratos de tulipas» através dos quais os compradores se comprometiam a comprar determinada tulipa na época própria. Tal como as plantas, os contratos passaram a ser negociados, originando o primeiro mercado de derivados do mundo. Até ao dia em que os compromissos não foram respeitaos e a crise da túlipas rebentou: foi a primeira bolha do mercado financeiro. A depressão económica provocada durou vários anos. A bolsa, como se sabe, sobreviveu.