LUTAR, INTERVIR E TRANSFORMAR
«o PCP é um Partido imprescindível aos trabalhadores, ao povo e ao País»
No passado sábado, 9 de Dezembro, realizou-se no Porto, com a participação de Jerónimo de Sousa, a sessão evocativa com que se encerrou o programa de comemorações do centenário da Revolução de Outubro que o PCP levou a cabo por todo o País ao longo do ano de 2017, sob o lema «centenário da Revolução de Outubro – socialismo, exigência da actualidade e do futuro».
O PCP comemorou o centenário daquele que foi o mais extraordinário empreendimento da história da humanidade que inaugurou uma nova época – a época da passagem do capitalismo ao socialismo – que viria não só alterar profundamente a vida dos trabalhadores e do povo do País dos sovietes, mas promover e influenciar alterações profundas no mundo a favor dos trabalhadores e dos povos, rasgando caminhos nunca antes experimentados e materializando o milenar sonho de emancipação e de libertação de gerações de explorados e oprimidos.
Procurando ter presentes e reflectindo, colhendo e utilizando os ensinamentos dos complexos processos de edificação da nova sociedade que se desenvolveram pisando terreno novo e desconhecido, comemorámos a Revolução de Outubro reafirmando a determinação inabalável do PCP de lutar para que o socialismo se torne uma realidade do amanhã do povo português, prosseguindo a luta pela afirmação do ideal e do projecto comunistas com a convicção de que o socialismo e o comunismo são o futuro da humanidade que se constrói e conquista com a luta dos trabalhadores e do povo.
Valorizámos o centenário da Revolução de Outubro integrando as comemorações na acção geral do Partido e assumindo, como sublinhou Álvaro Cunhal, que «o ideal comunista é para nós não só um projecto para o futuro mas um ideal cuja concretização se prepara e desenvolve numa atitude de reflexão, de crítica, de intervenção, de luta incessante e convicta para transformar o presente».
De facto, é por esse ideal que o PCP intervém hoje, para defender, repor e conquistar direitos e rendimentos, pela ruptura com décadas de política de direita e com os constrangimentos externos a que sucessivos governos do PSD, CDS e PS amarraram Portugal, pela afirmação de uma política patriótica e de esquerda que permita superar os profundos problemas do País e assegurar o seu desenvolvimento soberano.
É neste mesmo combate que se insere o desenvolvimento da luta de massas que se trava nas empresas, serviços e nas ruas, como é o caso, entre outros, das greves marcadas em Dezembro nos CTT, na Petrogal e na Somincor.
É neste combate que se insere a acção determinante do PCP que, tomando a iniciativa e estimulando a luta dos trabalhadores e do povo, tornou possível fazer avançar medidas de reposição de direitos, salários e rendimentos e responder a alguns dos problemas mais sentidos pelo povo português.
É igualmente neste combate que se insere a intensa acção do PCP exigindo o aumento geral dos salários e do Salário Mínimo Nacional para 600 euros a partir de Janeiro de 2018; o combate que trava pelo investimento público nomeadamente no sector dos transportes como ficou patente na no desfile que promoveu no passado dia 6 na cidade de Lisboa com a participação de Jerónimo de Sousa, reclamando medidas de inversão do rumo de degradação sistemática dos transportes públicos.
Na mesma linha se pode entender o questionamento feito pelo Secretário-geral do PCP ao primeiro-ministro no debate quinzenal da semana passada na AR ou a empenhada participação dos eleitos da CDU no Congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, realizado em Portimão nos passados sábado e domingo.
E, do mesmo modo, é também neste combate que se insere a sessão evocativa realizada pelo PCP anteontem em Lisboa homenageando o militante empenhado e destacado dirigente do Partido José Vitoriano, assinalando o centenário do seu nascimento. Como referiu, na sua intervenção o Secretário-geral do PCP, «honrar e homenagear hoje a memória de José Vitoriano é continuar a luta pela afirmação e concretização de uma alternativa patriótica e de esquerda, por uma democracia avançada, tarefa da hora presente, e levar mais longe e erguer cada vez mais alto o ideal da construção dessa terra sem amos, livre de todas as formas de exploração e de opressão que José Vitoriano abraçou e dignificou com uma vida de coerência, dignidade, de entrega desinteressada, neste Partido, com tudo o que ele comporta de aspiração, sonho e projecto por um mundo melhor».
O PCP continua a sua acção contribuindo de forma persistente para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo. Ao mesmo tempo, intervém por respostas de fundo aos problemas estruturais do País só possíveis no quadro da alternativa política que defende. Reafirmando sempre, com convicção, que, como a Revolução de Outubro viria a confirmar, é no socialismo que os trabalhadores e o povo encontrarão resposta às suas aspirações.