Nos 80 anos do nascimento de José Carlos Ary dos Santos
EVOCAÇÃO Conheci o Ary em 1963, quando saiu A Liturgia do Sangue, livro que abalaria as regras do juizinho conformado em que a cultura oficial do regime parecia vegetar, que revolucionaria a paisagem poética do burgo e trazia já nos seus poemas de raiva e desespero o grito rebelde de um autor que trazia à poesia portuguesa dos anos 60 (sobre a qual Gastão Cruz, com outras vozes líricas da Poesia 61, havia já iniciado um salutar projecto de renovo conceptual), uma voz pessoalíssima, a um tempo dramática e irónica, corajosa e combativa: Todos sofremos./O mesmo ferro oculto/Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta.
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