1917 – A Porta do Inferno, de Rodin

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La Porte de l'Enfer [A Porta do In­ferno] ocupa um lugar muito par­ti­cular na obra do es­cultor francês Au­guste Rodin (1840-1917). Con­si­de­rada como uma res­posta do ar­tista às dou­trinas de Freud, a mo­nu­mental obra ina­ca­bada de Rodin, que nela tra­ba­lhou du­rante quatro dé­cadas, foi apre­sen­tada ao pú­blico só em 1917 e graças à per­sis­tência de Léonce Bé­né­dite, pri­meiro con­ser­vador do Museu Rodin, que o con­venceu a per­mitir a fun­dição em bronze desta peça sobre as pai­xões e os sen­ti­mentos hu­manos, com cerca de 200 fi­guras de di­versas di­men­sões. O es­cultor morreu antes de ver o re­sul­tado da sua obra-prima, ins­pi­rada no «In­ferno» de Dante e em «A me­ta­mor­fose» de Ovídio, mas também se­gundo os es­pe­ci­a­listas na obra de Bau­de­laireL «As flores do mal». A mais co­nhe­cida obra de Rodin – O pen­sador – terá sido ori­gi­nal­mente con­ce­bida para en­cimar a Porta do In­ferno. No cen­te­nário da morte do ar­tista que re­vo­lu­ci­onou a es­cul­tura do sé­culo XIX, como as­se­veram os en­ten­didos, a obra de Rodin per­ma­nece como fonte ines­go­tável da ad­mi­ração e en­canto.