DIÁLOGO Estando à vista o fim da luta contra o terrorismo na Síria e perspectivando-se a vitória das forças governamentais, é tempo de avançar com o diálogo político, sem ingerências estrangeiras.
LUSA
Os presidentes da Rússia, Vladímir Putin, e da Síria, Bachar Al Assad, reuniram-se na segunda-feira, 20, na cidade de Sochi, e assinalaram a necessidade de intensificar o diálogo político sírio.
«O povo sírio, à custa de grandes sacrifícios, vê aproximar-se a eliminação final e irreversível do terrorismo», afirmou Putin. O líder russo revelou que o governo da Síria controla mais de 98 por cento do território e que os focos de terrorismo estão a desmoronar-se rapidamente.
Assad, por seu lado, sublinhou que espera o apoio da Rússia para um acordo político no seu país e para «garantir que os actores externos não interfiram no processo político liderado pelos próprios sírios». O presidente sírio disse não querer «olhar para trás» e deu «as boas-vindas a todos os que estão realmente interessados num acordo político, estamos prontos para estabelecer um diálogo com eles». Destacou os evidentes avanços na luta contra os grupos armados extremistas nos últimos dois anos e considerou que a ajuda militar da Rússia «garantiu a integridade territorial e a independência da Síria».
EUA apoiam terroristas
A coligação internacional liderada pelos EUA que intervém na Síria apoiou um acordo secreto que permitiu a terroristas do «Estado Islâmico» (EI) escapar de Raqqa, levando consigo as famílias e toneladas de armas.
Uma reportagem da BBC revela como as autoridades locais negociaram um acordo de fuga com os líderes do EI, com o apoio dos EUA e dos curdos das denominadas «Forças Democráticas Sírias».
Motoristas contratados a peso de ouro para transportarem os terroristas e as suas famílias descreveram à BBC a saída de cerca de quatro mil pessoas de Raqqa, cidade síria antes considerada a «capital» do EI.
A estação britânica mostrou imagens da fuga de Raqqa de centenas de terroristas, a 12 de Outubro. A coluna com 50 camiões, 13 autocarros e mais de uma centena de veículos dos combatentes do EI, incluía 10 camiões com armas e munições e foi escoltada por aviões e drones da coligação liderada pelos EUA, garante a BBC.