Desinvestimento agravou desigualdade na Saúde
O relatório «Health at a Glance 2017», da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, divulgado dia 10, refere que um em cada dez portugueses não comprou medicamentos prescritos pelo médico por motivos financeiros no ano passado.
O relatório indica ainda que, a apesar de estar dentro da média da OCDE em matéria de esperança de vida (78,1 anos para os homens e 84,3 anos para as mulheres), o nosso País apresenta elevados valores da prevalência da demência que é de 19,9 casos por mil habitantes, quando a média é de 14,8 por mil habitantes.
Para a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, estes indicadores revelam uma «enorme desigualdade», não só no acesso aos medicamentos.
A bastonária considerou que «apesar dos sinais de alguma recuperação, continuam a sentir-se os efeitos devastadores de uma crise devastadora que atingiu o sector», em resultado do «grande desinvestimento no Serviço Nacional da Saúde, registado nos últimos anos».