Século XII – Criação da Ordem dos Templários
«A Ordem do Templo, cujo manto branco era adornado com uma cruz vermelha (…) constituía no século XII o braço armado da Cristandade», nas palavras do padre jesuíta e teólogo francês Luis Lallemen. Foi criada em 1118, sob o nome de Ordem dos Pobres de Cristo, era Balduíno II rei em Jerusalém, para proteger os peregrinos que demandavam a Terra Santa. Dirigida por Hugo de Payens, da Borgonha, viria a ser reconhecida dez anos depois pelo concílio de Troyes (França) como ordem monástico-militar. Os seus cavaleiros assumiam votos de pobreza, castidade e obediência, mas com os privilégios que recebeu, a pretexto da necessidade de manter um verdadeiro exército na Terra Santa, a Ordem adquiriu grande poder financeiro e económico. Com o tempo, os seus membros passam a ser conhecidos por Cavaleiros do Templo ou Templários. A sua missão também mudou: passam a ser defensores dos estados cristãos da Terra Santa. A queda de Jerusalém, em 1291, marca o princípio do fim dos Templários. Perseguida por Filipe IV de França, a Ordem é extinta pelo Papa Clemente V e o último mestre templário, Jacques de Molay, morre na fogueira em 1314. Em Portugal, D. Diniz mantém os cavaleiros e os bens dos Templários sob o nome de uma nova ordem de cavalaria circunscrita ao reino: a Ordem de Cristo.