INTERVIR POR NOVOS AVANÇOS E CONQUISTAS

«Con­ti­nuar a luta pela cons­trução de um Por­tugal com fu­turo»

A re­per­cussão das elei­ções au­tár­quicas con­tinua a fazer-se sentir sobre a si­tu­ação po­lí­tica na­ci­onal.

Va­lo­ri­zando a cam­panha de massas por si de­sen­vol­vida, os mais de 45 mil can­di­datos que in­te­graram este es­paço uni­tário (dos quais mais de 14 mil in­de­pen­dentes) e o diá­logo e con­tacto com as po­pu­la­ções ao longo de toda esta ba­talha elei­toral, os 2455 eleitos con­se­guidos (171 ve­re­a­dores, 619 eleitos em as­sem­bleias mu­ni­ci­pais e 1665 nas as­sem­bleias de fre­guesia) irão agora exercer o seu man­dato com o tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência que é re­co­nhe­cido à CDU, tudo fa­zendo para honrar os com­pro­missos as­su­midos com o povo de cada con­celho e de cada fre­guesia.

Os re­sul­tados destas elei­ções con­ti­nuam a con­firmar a CDU como a grande força de es­querda no Poder Local em Por­tugal. Re­gis­tando ne­ga­ti­va­mente a perda de dez pre­si­dên­cias de câ­maras mu­ni­ci­pais im­porta su­bli­nhar, como afirmou Je­ró­nimo de Sousa nos co­mí­cios de quinta e sexta-feira da se­mana pas­sada, que se trata de uma «perda, porém, como a vida já provou, que não tem que ser en­ca­rada como de­fi­ni­tiva e para todo o sempre. Cá es­ta­remos para con­ti­nuar o com­bate e o tra­balho vi­sando a sua re­cu­pe­ração e re­tomar o tra­balho que em­bora re­co­nhe­cido, não foi de­vi­da­mente va­lo­ri­zado e nal­guns casos [foi] ofus­cado pelas cir­cuns­tân­cias e fac­tores que não foram apenas lo­cais».

Je­ró­nimo de Sousa su­bli­nhou igual­mente: «Há uma coisa de que o País e os por­tu­gueses podem estar certos, o re­sul­tado destas elei­ções não afrouxa a de­ter­mi­nação do PCP de con­ti­nuar a in­tervir para res­ponder aos in­te­resses e as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo», acres­cen­tando que «ne­nhuma ba­talha elei­toral e o seu re­sul­tado de­ter­mi­narão a nossa de­cisão e von­tade de servir o povo e o País».

O PCP, ao mesmo tempo que pro­cede à dis­cussão do pro­cesso elei­toral e à aná­lise dos seus re­sul­tados, toma a ini­ci­a­tiva, con­tinua a in­tervir e as­sume o seu de­ci­sivo papel na nova fase da vida po­lí­tica na­ci­onal para, com a di­na­mi­zação da luta, cons­truir o ca­minho que ga­ranta o de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico, so­cial e cul­tural do País. E para isso, é pre­ciso e é pos­sível dar novos passos e avanços e não ficar amar­rados a cons­tran­gi­mentos que li­mitem ou im­peçam esse rumo.

Em si­mul­tâneo, pros­segue o ca­minho da de­fesa e afir­mação do Poder Local de­mo­crá­tico nas­cido da Re­vo­lução de Abril as­su­mindo todas as res­pon­sa­bi­li­dades de­cor­rentes destas elei­ções nas au­tar­quias lo­cais, le­vando à prá­tica o pro­jecto au­tár­quico dis­tin­tivo da CDU, con­cre­ti­zando pro­gramas e pro­postas e lu­tando com as po­pu­la­ções pelos seus di­reitos, no­me­a­da­mente em de­fesa dos ser­viços pú­blicos, no res­peito pelo seu in­de­cli­nável com­pro­misso com os tra­ba­lha­dores e com o povo.

E aqueles que, por di­fe­rentes vias, tentam uti­lizar os re­sul­tados elei­to­rais da CDU para con­di­ci­onar ne­ga­ti­va­mente ou to­lher a acção do PCP só podem es­perar deste Par­tido uma ainda mais firme de­ter­mi­nação e con­fi­ança na di­na­mi­zação da acção po­lí­tica e do seu re­forço para as ba­ta­lhas pre­sentes e fu­turas.

Nesta in­ter­venção, o PCP toma a ini­ci­a­tiva e avança com novas pro­postas que re­pre­sentem novos passos e avanços na de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos e que de­viam ser as­su­midos como ob­jec­tivos de de­sen­vol­vi­mento do País as­se­gu­rados nas op­ções pre­sentes na ela­bo­ração do Or­ça­mento do Es­tado para 2018 e para além dele.

O PCP está cons­ci­ente das con­sequên­cias du­ra­douras de dé­cadas de po­lí­tica de di­reita e de in­te­gração ca­pi­ta­lista na União Eu­ro­peia, da sub­missão ex­terna e do cres­cente do­mínio mo­no­po­lista sobre a eco­nomia na­ci­onal. Estas são as ver­da­deiras causas das nossas de­bi­li­dades e dé­fices es­tru­tu­rais, com re­alce para o dé­fice pro­du­tivo. Mas trata-se de uma si­tu­ação que é agra­vada pela con­tínua perda de ins­tru­mentos de so­be­rania, pela sub­missão aos in­te­resses do grande ca­pital e pela au­sência de uma opção de de­sen­vol­vi­mento as­sente na afir­mação da so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­onal.

Por isso mesmo, re­a­firma a ne­ces­si­dade de rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e re­força a sua in­ter­venção por uma po­lí­tica capaz de ul­tra­passar os dé­fices es­tru­tu­rais do País, de se li­bertar das im­po­si­ções ex­ternas e dos in­te­resses do grande ca­pital.

Cons­ci­ente de que Por­tugal pre­cisa de uma po­lí­tica ver­da­dei­ra­mente al­ter­na­tiva à po­lí­tica de di­reita, uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, o PCP, como su­bli­nhou Je­ró­nimo de Sousa nos co­mí­cios da se­mana pas­sada em Ma­to­si­nhos e Vila Franca de Xira «re­a­firma o seu com­pro­misso de sempre com os tra­ba­lha­dores e o povo e a sua firme dis­po­sição de con­ti­nuar a vencer di­fi­cul­dades e obs­tá­culos, lu­tando, todos os dias, em todas as frentes pela cons­trução de um Por­tugal com fu­turo».