Não tem a gran­deza da sua ho­mó­nima da Arábia Sau­dita nem com ela con­corre em nú­mero de pe­re­grinos, mas a Ba­sí­lica de Santa Qui­téria, na fre­guesia de Meca, con­celho de Alen­quer, é uma joia da ar­qui­tec­tura neo-clás­sica. Com uma no­tória se­me­lhança es­ti­lís­tica à Ba­sí­lica da Es­trela, em Lisboa, sua con­tem­po­rânea, foi man­dada edi­ficar pela con­fraria de Santa Qui­téria de Meca, à época uma das mais ricas e im­por­tantes do País, com o pa­tro­cínio de D.ª Maria I, jus­ta­mente a mo­narca que mandou er­guer a Ba­sí­lica da Es­trela. A igreja, de­se­nhada por Ma­teus Vi­cente, foi cons­truída com cal­cário da re­gião, tem duas torres si­neiras e uma fa­chada di­vi­dida a toda a al­tura por seis pi­las­tras de ca­pi­téis jó­nicos, que se­param as pa­redes onde se rasgam as ja­nelas. O in­te­rior, de uma só nave em cruz la­tina, sur­pe­ende pelos már­mores e pin­turas. O tecto da nave é de ma­deira for­rada de tela pin­tada, cri­ando a ilusão de re­levos. De des­tacar ainda as pin­turas que or­na­mentam os tectos da sa­cristia e da sala da con­fraria, bem como o órgão ins­ta­lado no coro, que está da­tado e as­si­nado: An­tónio Xa­vier Ma­chado e Cer­veira o fêz em o anno d' 1816 Lisboa - N.º 82. No adro da igreja existe um trono cir­cular, de pedra, onde todos os anos em Maio se pro­cede à bênção do gado.