Entrevista a Rogério Cação, cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Peniche

Peniche está hoje no mapa por razões positivas

PROJECTO A CDU quer afirmar Peniche, cada vez mais, como um concelho onde vale a pena viver. Rogério Cação, cabeça de lista à autarquia, avançou com dois argumentos de peso para a sua candidatura: razão e paixão.
Lembrando que, ao longo de 12 anos, a Coligação PCP-PEV deixou marcas inequívocas de desenvolvimento no concelho, o candidato anunciou um novo ciclo de gestão que potencie o muito de bom que foi feito.

Todo o nosso projecto é assente na participação

Quem é Rogério Cação?
O Rogério Cação é um penichence de gema, que faz questão de afirmar que gosta da sua terra, com um sentido de missão, relativamente àquilo que é o seu dever cívico, e que acredita, muito, no projecto da CDU. Sou uma pessoa atenta àquilo que são estas dimensões de intervenção do Poder Local, muito ligada à economia social, e que se entrega de alma e coração àquilo em que acredita.

Teres sido presidente da Assembleia Municipal (AM) desde 2005 dá-te melhores argumentos para encabeçar a lista à Câmara Municipal?
Dá-me alguns argumentos. O que é preciso, mais do que ter intenções, é objectivar acções. O que é importante é capitalizar a experiência que decorre do cargo de presidente da AM – que exerci em dois mandatos consecutivos, e a participação que tive neste terceiro – e enquanto vereador da CDU, em 1986.

Como independente, que valor tem integrares uma lista de homens e mulheres sem partido no trabalho autárquico com candidatos do PCP e do PEV?
Respeito muito as forças que integram a CDU e, sobretudo, acredito no seu projecto autárquico, que, comprovadamente, melhor serve as pessoas, tendo em atenção o lema que ainda hoje prevalece: «trabalho, honestidade e competência».

Quais os principais objectivos desta candidatura?
Partimos para estas eleições com um conjunto de princípios de acção, de garantias e de compromissos, independentemente do programa eleitoral.

Primeiro [princípio], a proximidade. Todo o nosso projecto é assente na participação, na capacidade e na possibilidade da decisão dos munícipes. Assumimos um outro compromisso que é o da participação efectiva das pessoas, mas, para isso, temos que lhes dar informação. Temos aqui, subjacente, um segundo objectivo, que é informar, produzir informação ajustada, que chegue por diversas vias a toda a gente, para que as pessoas possam participar, com o conhecimento das realidades, para que possam decidir.

O terceiro principio é o da transparência e rigor. Sobre isso há provas dadas, mas, cada vez mais, as pessoas têm que saber quais são os caminhos e porque é que os escolhemos.

Que garantias podem ser dadas?
Dar continuidade e prosseguir a acção distintiva da CDU, naquilo que foi bem feito. São pessoas diferentes, fundadas na mesma ideia de intervenção autárquica.

A CDU, força que dá força às aspirações locais, fará uma gestão transparente e eficaz, o que ficou comprovado com o controlar da dívida que vinha de outros mandatos [com outras forças políticas], apresentando, hoje, uma situação completamente controlada, com investimentos garantidos para uma série de obras.

Depois, ter uma atenção particular aos trabalhadores da autarquia, porque eles são, de facto, a máquina e o coração das autarquias.

De igual forma, temos que realizar uma gestão integrada que tenha em conta as assimetrias próprias de qualquer território e, também, um desenvolvimento sustentável.

Por fim, uma política local que assuma a valorização do espaço de crescimento das pessoas, em termos desportivos, culturais, educativos, que promova a segurança e a qualidade de vidas das pessoas.

O que distingue este de outros projectos?
Desde logo a atitude. A CDU está nestas eleições com a tranquilidade de quem tem obra feita, injustamente criticada pelas outras forças políticas. Não estamos nesta campanha para julgar as intenções dos outros, mas para afirmar aquilo que são propostas e projectos concretos, que nós queremos executar.

O que mudou após 12 anos de uma gestão CDU?
A primeira ideia, do primeiro mandato da CDU, foi traçar um plano estratégico para a economia do mar. Como exemplo, temos toda esta lógica associada à «Capital da Onda», que foi uma ideia vencedora, com a colocação de Peniche no mapa por boas razões, com a mobilização que foi feita em torno do surf e com a criação de infraestruturas.

Depois, um trabalho que não pode deixar de ser reconhecido: a renovação do parque escolar. Obviamente que gostaríamos de ter concluído o Centro Escolar de Atouguia da Baleia mais cedo, mas a verdade é que ele está a ser concretizado. Era o que faltava.

Há também todo o trabalho de proximidade na área social, quer no apoio aos idosos, quer no acompanhamento das situações de maior fragilidade social, quer na ligação com o movimento associativo.

Podemos falar, também, da classificação da Berlenga e do que foi feito por esse grande património que é a renda de bilros, um trabalho notável com a intervenção das escolas, com a diversificação de produtos feitos a partir da renda de bilros e a criação de um nicho económico nesta área.

O que é que o Poder Central não fez nestes últimos anos?
Faltou fazer muita coisa. Tirando este último ano, as autarquias foram sujeitas a um pressing, em nome da propalada crise, que diminuiu, drasticamente, a capacidade de intervenção das autarquias. O Portugal 2020, que devia estar em funcionamento em 2015, só agora é que começa a aparecer.

Neste momento estão lançadas as oportunidades, com o devido pacote financeiro, que são aliciantes. Estamos a falar do Centro de Ciência Viva ou do Parque Tecnológico, na zona do porto de pesca, que vai permitir instalar um «viveiro» de empresas associadas à economia do mar, mas também do Centro Intergeracional. Também os principais bairros têm projectos de arranjos exteriores, com zonas verdes.

O que se pode esperar dos próximos quatro anos com uma nova gestão da CDU?
A dimensão económica é o que nos preocupa mais. Para isso temos soluções. Para além do Parque Técnológico do Vale do Grou, há a ideia de construirmos ninhos de empresas que possam ajudar a incrementar, promover de forma activa, o empreendedorismo jovem. Temos de ser capazes de captar mais condições para a empregabilidade jovem, potenciando o facto de termos a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, que é geradora de ideias empreendedoras.

Que ambiente se vive hoje em torno da CDU?
Temos sentido um clima de simpatia e de adesão às nossas propostas. Têm havido pessoas de quadrantes políticos inesperados que manifestam, claramente, o seu apoio à CDU. Existem alguns anti-corpos para gerir, mas temos muita vontade, muito empenhamento, muito traquejo, e vamos à luta convictos, muito convictos, e que temos condições para ganhar.

Com a CDU, como vês o concelho em 2021?
Vejo Peniche como um concelho acessível, inclusivo, completamente virado para a modernidade, onde as pessoas querem viver.

Transformar a Fortaleza num espaço vivo ao serviço das pessoas

Recentemente, o Governo aprovou um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche para instalar na antiga prisão fascista um museu nacional dedicado à luta pela liberdade e pela democracia. O que é que se pretende para aquele espaço?
O que é necessário é criar condições financeiras para que se possa passar das palavras aos actos. Há um conjunto de condições prévias que têm que ser consolidadas, uma delas é a preservação e o aprofundamento daquele espaço como Museu Nacional da Resistência. Sendo de memória e visitado todos os anos por milhares de pessoas, terá que ser moderno e integrar, ali, um conjunto de valências ligadas ao desenvolvimento social, cultural, económico.

Seria muito bom que a Fortaleza de Peniche seja um espaço onde se vai passear, ler o jornal, visitar uma exposição, frequentar uma aula de dança, estar numa biblioteca especializada em matérias que têm a ver, por exemplo, com a luta pela liberdade, com a história do fascismo, da luta na clandestinidade. Seria muito importante que se criasse esta rotina e que aquele fosse um espaço vivo e ao serviço das pessoas.

12 anos de CDU em Peniche deixa uma marca para continuar

 Sinto um grande orgulho nestes três mandatos na presidência da Câmara Municipal. Peniche foi colocado no mapa por muitas e positivas razões. Concretizámos em diversas áreas muitas obras que contribuíram para o aumento da qualidade de vida e o aumento da atractividade geral do nosso território:

1. Intervenções realizadas nas escolas do 1.º ciclo dos lugares do nosso concelho, culminando com a construção do Centro Escolar de Atouguia da Baleia, com um investimento de cerca de três milhões de euros, e cujo funcionamento se prevê iniciar no ano lectivo 2018/2019.

2. Regeneração e reabilitação urbanas que permitiram concluir: a primeira fase de intervenção no Fosso da Muralha; a reabilitação do edifício onde instalámos o Museu de Renda de Bilros; a reabilitação da Igreja de São Pedro; a construção da nova sede do Clube Naval; as instalações para a ACISCP; a reabilitação de um edifício para a Cercipeniche.

3. Reabilitação de habitação social e das suas envolventes num esforço de dignificação das condições de vida dos mais desfavorecidos. E isto numa conjuntura extremamente desfavorável para os municípios, com restrições financeiras e de recursos humanos que nos limitaram no trabalho e que só o nosso engenho e arte permitiram desenvolver boas soluções em benefício dos nossos munícipes.

4. Uma forte aposta e empenho na afirmação da Fortaleza de Peniche como espaço de memória da resistência e luta contra o fascismo, de afirmação dos valores da liberdade e da democracia, aberto à população de Peniche e a todos os que visitam o nosso concelho.

Honro-me do meu passado assente nas minhas convicções e nos meus valores, e dos objectivos autárquicos que com a CDU desenvolvemos. «Trabalho, honestidade e competência» foram e continuam a ser a matriz do meu envolvimento no Poder Local, agora como candidato à Assembleia Municipal, para que a CDU continue a liderar os destinos do nosso concelho.

Esta será a melhor garantia para que Peniche continue a ser um concelho onde vale a pena viver. As obras em curso e os meios financeiros já contratualizados são o garante deste nosso objectivo:

- Reabilitação e remodelação da ETAR de Peniche, cerca de seis milhões de euros;

- Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Peniche: Regeneração urbana – cerca de 3,5 milhões de euros de investimento que abrange a segunda fase do Fosso da Muralha e a criação do Centro Cívico e Intergeracional no edifício da Central Elétrica; Intervenções em bairros sociais, cerca de 1,4 milhões de euros de investimento;

- Plano de Coesão e Desenvolvimento Territorial (PCDT) do Oeste: Centro Escolar de Atouguia da Baleia, cerca de três milhões de euros; Centro de Saúde de Peniche, investimentos de um milhão de euros; Forte de Nossa Sr.ª da Consolação, 600 mil euros de investimento; intervenções programadas nas áreas da eficiência energética, da modernização administrativa, do combate ao insucesso escolar, do apoio à terceira idade e à cultura, num valor global de cerca de três milhões de euros.

António José Correia, presidente da Câmara MUnicipal e 1.º candidato à Assembleia Municipal de Peniche




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