PCP quer reversão do aumento das comissões na CGD
O PCP está contra a nova «tabela» de comissões bancárias que a CGD está a implementar e exige que o Governo intervenha junto da administração no sentido da sua reversão. Numa nota do Gabinete de Imprensa, de dia 24, o Partido lembra que o aumento das receitas do banco público por via das comissões bancárias, que resulta de uma exigência da União Europeia no âmbito do processo de recapitalização (o qual impõe ainda o encerramento de balcões e a redução do número de trabalhadores), é «mais um passo que visa impor à Caixa critérios de gestão em linha com a banca privada», que acabam sempre por favorecer os grupos monopolistas que controlam o sector financeiro em Portugal. Este agravamento dos preços das comissões é ainda mais grave quando elimina as isenções de que até hoje beneficiavam os reformados e pensionistas com mais de 65 anos, o que contraria os aumentos de reformas e pensões que entrarão em vigor já em Agosto.
Relacionando o generalizado aumento das taxas e comissões bancárias com o processo de privatização e concentração do sector financeiro, o PCP lembra que as sucessivas administrações da Caixa, em articulação com os respectivos governos, não só não afirmaram qualquer estratégia de diferenciação da banca pública como adoptaram decisões que se «distanciaram das necessidades do País». Exigindo do Governo uma intervenção mais geral que «limite as taxas cobradas pela banca privada», o PCP garante que tomará as medidas institucionais que entender adequadas para reverter os aumentos na CGD. Para o Partido, é preciso contrariar as imposições da UE e reforçar o papel da CGD na economia nacional, «alargando a sua cobertura territorial, apoiando as MPME, desagravando os custos dos serviços bancários, combatendo a especulação financeira e o favorecimento dos grupos monopolistas», como expressões de uma nova política para o sector financeiro, libertando-o dos interesses do capital monopolista.