Vencer pelo trabalho e luta nas eleições de 1 de Outubro

Jerónimo de Sousa rumou a Norte no passado fim-de-semana, tendo participado em iniciativas nos distritos de Aveiro, Viseu, Viana do Castelo e Porto, onde apelou ao reforço eleitoral da CDU.

A ideia de que não havia alternativa à política dos cortes foi derrotada

No sábado, 15, o parque de merendas do Buçaquinho (Cortegaça – Ovar) acolheu mais uma edição do Convívio Regional da CDU de Aveiro, iniciativa onde estiveram mais de duas centenas de pessoas e tiveram lugar várias intervenções políticas, antecedidas dum animado momento cultural.

Primeiro, João Canas sublinhou que, nos últimos meses, a juventude vem sendo um importante vector da luta do povo português e apresenta-se determinada a contribuir para um bom resultado da Coligação PCP-PEV nas próximas eleições, como aspecto da continuidade e reforço da luta.

Por seu lado, Fátima Flores, cabeça de lista à Câmara de Anadia, do Partido Ecologista «Os Verdes», valorizou as propostas da CDU, apresentadas um pouco por todo o País, designadamente para uma mais eficaz protecção ambiental e garantia de salvaguarda de maior qualidade de vida.

Carlos Jorge Silva, primeiro candidato à Câmara de Ovar, salientou a importância que os eleitos e activistas da Coligação PCP-PEV têm na defesa dos direitos das populações, nomeadamente dos mais elementares serviços públicos e direitos. Desmascarou, ainda, os representantes dos outros partidos (PS, PSD e CDS), que fingem nada ter a ver com as políticas praticadas, num puro gesto de hipocrisia.

Economia

O Secretário-geral do PCP evidenciou «dois aspectos de relevo» passados «20 meses do percurso da nova fase da vida nacional», em resultado «da derrota de PSD e CDS e da alteração verificada na Assembleia da República».

O primeiro «é a derrota da ideia de que não havia alternativa à política dos cortes, do agravamento da exploração e do empobrecimento» e o segundo, que se vê na evolução da economia, com o crescimento e a criação de emprego verificado, «apesar de estarem aquém do necessário, é a comprovação de que é com a reposição de direitos, o aumento de salários e rendimentos e a valorização das condições de vida dos trabalhadores e do povo que o País pode encontrar o caminho do progresso e do desenvolvimento», referiu.

Neste sentido, fica provado que «o reforço dos direitos, a melhoria das condições de vida», como o PCP defendia e propunha «é o elemento estrutural do desenvolvimento».

«Um caminho que inclui muitos outros aspectos, desde logo o reforço do aparelho produtivo e da produção nacional. E que este é o caminho que tem que ser prosseguido, quer por razões sociais, quer por razões económicas», defendeu Jerónimo de Sousa, negando qualquer intervenção do PSD e do CDS na «recuperação da economia», entretanto verificada.

Prosseguiu afirmando que «quanto mais força tiverem os partidos que compõem a CDU, mais peso tem a luta pela reposição e conquista de direitos e rendimentos» e «mais condições têm para fazer o País avançar e melhorar as condições de vida dos portugueses».


Fragilidades e vulnerabilidades
denunciadas em Viseu

Mais tarde, depois de uma visita a Real, freguesia do concelho de Penalva do Castelo, onde a Coligação PCP-PEV tem a maioria, e de um encontro com trabalhadores da PT, o Secretário-geral do PCP participou num jantar convívio regional da CDU Viseu. O estado da Nação, que na passada semana esteve em debate na Assembleia da República, foi um dos temas destacados na intervenção de Jerónimo de Sousa, que apontou a continuação das «fragilidades e vulnerabilidades do País», que se expressam «em planos como o alimentar, demográfico, energético, de ordenamento do território, de infra-estruturas e serviços públicos», bem como no «forte impacto de factores adversos, sejam os das taxas de juro, do preço do petróleo ou da cotação do euro».

«Vulnerabilidades estruturais que ficaram evidentes nos trágicos incêndios que assolaram a zona centro do País, ou na situação que conduziu ao roubo de armamento em Tancos», criticou, sublinhando que esses «acontecimentos» revelam «bem as consequências que se prolongam no tempo dessa política desastrosa das últimas décadas que promoveu um criminoso programa de privatizações e o desmantelamento da Administração Pública, que degradou todas as funções do Estado, incluindo as funções económicas e de soberania» e «destruiu e abandonou a produção nacional suporte de vida das populações, que levou longe o processo de desindustrialização e o declínio do sector agrícola e do mundo rural».

Escândalo

Abordado foi também o escândalo da Altice. Segundo Jerónimo de Sousa, o PCP não aceita que «o País fique de mãos atadas ou condenado à chantagem da Altice», empresa «se prepare para mandar para o desemprego cerca de três mil trabalhadores» e «pôr em causa direitos dos pré-reformados e reformados».

«O Governo deve utilizar todos os meios disponíveis para confrontar a Altice com as obrigações de serviço público que tem no País e que são incompatíveis com a política de destruição da empresa PR que está em curso», reclamou.

Sobre a anunciada compra pela Altice do Grupo Média Capital, onde se inclui a TVI, e da intenção de criação de um banco, o Secretário-geral do PCP sublinhou que o negócio «dá expressão da progressiva concentração e domínio monopolista na economia portuguesa e de reforço do controlo de grandes meios de comunicação social».

«Particular gravidade» assume, também, «a compra do grupo Média Capital com um canal de TV de larga audiência e a Plural, uma importante produtora de conteúdos». «A PT/Altice que já dispõe do controlo da rede de Televisão Digital Terrestre, que já domina a maior operadora de Cabo (MEO) assumiria toda a dominação – da produção, à emissão e distribuição – numa concentração sem precedentes no sector da televisão», denunciou Jerónimo de Sousa. 

 
Avançar e crescer
em Viana do Castelo

No domingo, 16, Jerónimo de Sousa marcou presença num almoço onde foram apresentados os cabeças de lista da CDU aos oito concelhos de Viana do Castelo: Cláudia Marinho (Viana do Castelo), João Lourenço (Caminha), Horácio Lima (Melgaço), Alípio Sousa (Valença), Afonso Graçoeiro (Ponte da Barca), Filipe Faro (Arcos de Valdevez), Amélia Barbeitos (Monção) e João Gomes (Ponte de Lima). A iniciativa contou com a presença de Mariana Silva, do Conselho Nacional do PEV, João Correia, Filipe Vintém, do Comité Central (CC) do PCP, e Jaime Toga, da Comissão Política do CC do PCP.

Na iniciativa, João Correia afirmou que os candidatos ali apresentados são «mulheres e homens de coragem que não se resignam face às injustiças e às desigualdades» e que afirmam «com confiança que é possível executar e lutar por uma política diferente, ao serviço do bem-estar das populações».

«A CDU vale a pena e marca a diferença», acentuou, dando como exemplo o «trabalho positivo e eficaz» que a Coligação PCP-PEV «desenvolve onde é poder, aqui em Viana [do Castelo], na União de Freguesias, seja em Vilar de Mouros, em Caminha». Por outro lado, acrescentou, «marcamos a diferença pela forma como fazemos oposição», «uma oposição analítica, crítica, atenta, exigente, propositiva e construtiva».

Trabalho

Também o Secretário-geral do PCP apelou ao «redobrado envolvimento de todos os activistas e eleitos da CDU nas mais diversas e exigentes tarefas» da próxima batalha eleitoral. «O trabalho que temos pela frente é muito para levar a bom porto a nossa campanha eleitoral» e «garantir um bom resultado para a CDU», destacou, manifestando confiança de que, também no distrito de Viana do Castelo, «é possível avançar e crescer, conquistando mais votos e mais mandatos» e afirmando a Coligação PCP-PEV «como uma força indispensável e necessária para a defesa dos mais genuínos interesses das populações». 

Ir mais longe em Gondomar

Em Gondomar, um dos concelhos do distrito do Porto que, ciclicamente, é devastado pelos fogos florestais, o Secretário-geral do PCP afirmou que não se pode «olhar para a floresta apenas quando a mesma é fustigada pelos fogos» e frisou que «é tempo de inverter esta política». «Como se pode pensar num Parque das Serras quando a monocultura do eucalipto prolifera, duplica, triplica, após os incêndios florestais?», interrogou, numa intervenção feita num comício festa da CDU.

Intervenção

Frente à Câmara Municipal, Jerónimo de Sousa sublinhou que a Coligação PCP-PEV tem «provas dadas» no concelho do Gondomar, dando o exemplo de São Pedro da Cova e da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. «É um reconhecimento, um apoio e um incentivo que nos anima e motiva, que alimenta a esperança e a confiança de ir mais longe e de afirmar a disposição e a ambição da CDU para assumir as mais altas responsabilidades neste concelho», valorizou.

A iniciativa contou ainda com a participação de Mariana Silva, do PEV, Jaime Toga, responsável pela Direcção da Organização Regional do Porto e da Comissão Política do PCP, e Cristiano Castro, da Direcção da Organização Regional do Porto do PCP e responsável pela Organização Concelhia de Gondomar do Partido.

Candidatos

Após a actuação do músico Ivo Flores, foram chamados ao palco os candidatos da CDU à Câmara e Assembleia municipais, encabeçadas por Daniel Vieira e Joaquim Barbosa, respectivamente, e os primeiros candidatos às juntas de freguesia de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Pedro Miguel Vieira, de Rio Tinto, Marta Macedo, de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Javim, António Valpaços, de Baguim do Monte, Bruno Ferreira, e de Melres e Meda, Sandra Bastos.

Joaquim Barbosa destacou o facto de a CDU apresentar muitos candidatos jovens. «É com esta gente, mais jovem, com energia, que os gondomarenses contam para mudar o rumo que tem sido seguido pela gestão municipal», referiu.

Por seu lado, Daniel Oliveira assumiu que a Coligação PCP-PEV «está em condições de apresentar à população gondomarense um projecto sério, estruturado, capaz e audaz, não apenas para estas eleições e para as próximas gerações». «A nossa candidatura está em condições de disputar a Câmara de Gondomar, assim queira o povo gondomarense», afirmou.




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