Emprego criado vai de mal a pior
Precariedade e baixos salários são as marcas mais salientes dos empregos criados em Portugal desde 2013 em resultado da crise iniciada em 2008 e das alterações à legislação laboral introduzidas pelo governo PSD/CDS, atestam os dados de um estudo elaborado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em colaboração com o Observatório Sobre Crises e Alternativas.
«No novo emprego, os contratos permanentes são apenas um terço, ao contrário do passado, em que os contratos permanentes eram dominantes. A esmagadora maioria dos novos contratos são de ramos dos serviços e a remuneração média dos novos contratos está muito próxima do salário mínimo nacional, entre 2013 e 2017. A remuneração média dos contratos permanentes tem vindo também a baixar e a aproximar-se dos novos tipos de contratos, que contemplam uma miríade de formas de trabalho, de baixa duração, em permanente rotação, afirmou o investigador João Ramos de Almeida na apresentação das conclusões no parlamento.