Dia 16 de Junho, pela voz de Trump em Miami, os EUA decidiram reverter avanços alcançados nos dois últimos anos no processo com vista à normalização das suas relações bilaterais com Cuba – com o qual tinham estabelecido relações diplomáticas em 17 de Dezembro de 2014 – com o objectivo de mudar o sistema político, económico e social, de impedir que o povo cubano protagonize livre de qualquer ingerência o seu presente e futuro.

Ao longo dos seus 58 anos – 55 dos quais sob o criminoso bloqueio económico, financeiro e comercial imposto pelos EUA –, a Revolução cubana constitui um espantoso exemplo de audácia e criatividade revolucionária, de entrega à causa da liberdade, da emancipação dos trabalhadores, das mulheres ou dos jovens, de empenho pelo direito a uma infância plena e feliz, de firmeza perante a permanente agressão do imperialismo, de abnegado patriotismo e solidariedade internacionalista, de determinação em defender e prosseguir a construção da nova sociedade socialista.

Uma revolução que procura insistentemente encontrar as respostas para novos problemas e gigantescos desafios, promovendo uma constante e ampla participação democrática dos trabalhadores e de amplas massas populares – com um importante papel das mulheres e da juventude –, organizadas e unidas em torno do seu Partido, promovendo a mobilização, o debate e o activo e consciente envolvimento na concretização do processo de actualização e, entre outros importantes aspectos, do modelo económico e social cubano de desenvolvimento socialista, das directrizes para o desenvolvimento económico e social entre 2016 e 2021 ou do plano nacional de desenvolvimento até 2030 (este último ainda em discussão), do gigantesco desafio do desenvolvimento das forças produtivas, da resposta à imensa multiplicidade de tarefas para assegurar a constante melhoria das condições de vida do povo cubano.

A digna e corajosa resistência e luta de Cuba socialista e do seu heroico povo só podem suscitar o respeito e a solidariedade de todos aqueles que defendem a soberania e a independência nacional, a democracia, o progresso social, a amizade e a cooperação entre todos os povos do mundo.

Cuba socialista assume um enorme significado para o mundo, demonstrando que é possível enfrentar e vencer a acção agressiva do imperialismo, mesmo no quadro de uma correlação de forças ao nível mundial ainda desfavorável às forças da paz, da libertação nacional, do progresso social e do socialismo.

Quando o imperialismo, nomeadamente o imperialismo norte-americano, se lança numa violenta ofensiva de desestabilização para tentar reverter os avanços progressistas e revolucionários que marcam a realidade latino-americana e caribenha, a Revolução cubana aí está a reafirmar o caminho da resistência e da luta para derrotar os projectos do imperialismo e a animar a confiança na possibilidade de um mundo de progresso social e de paz.

A solidariedade para com a justa luta de Cuba e do seu povo em defesa da soberania e independência da sua pátria socialista, para pôr fim ao criminoso bloqueio e à base norte-americana em Guantánamo impostas pelo imperialismo norte-americano, mantém toda a actualidade e premência.