Solidariedade com os presos políticos sarauís

O PCP manifestou a sua solidariedade aos 24 activistas saarauís acusados de matar 11 polícias marroquinos durante o desmantelamento do acampamento de protesto de Gdeim Izik, em 2010, cujo julgamento recomeçou a 5 de Junho, após ter sido adiado por quatro vezes desde que o processo passou para a Justiça civil.

Forçadas pela pressão internacional a anular o julgamento daqueles activistas ocorrido em 2013 num tribunal militar, as autoridades marroquinas têm procurado, com manobras dilatórias e total desrespeito pelas mais elementares regras do direito, retirar o caso do escrutínio público. Sem sucesso.

Em nota divulgada pelo seu Gabinete de Imprensa, o Partido reafirma que «continuará a intervir em defesa dos direitos, liberdades e garantias dos activistas saarauís e pela sua libertação, incluindo ao nível institucional, de que é exemplo o voto de solidariedade sobre os presos políticos saarauís detidos em Marrocos recentemente aprovado na Assembleia da República». Lembrando que no acampamento de Gdeim Izik, também chamado da «dignidade», participaram «milhares de saarauís em defesa dos seus direitos nos territórios do Saara Ocidental ilegalmente ocupados por Marrocos», o PCP reitera a sua «solidariedade para com a legítima luta do povo saraui pelo fim da ilegal ocupação do Saara Ocidental por Marrocos e pelo respeito do seu inalienável direito à auto-determinação, visando a concretização do seu direito a um Estado independente e soberano, inseparável das suas aspirações à liberdade e ao progresso social».

O PCP considera ainda que é obrigação do Governo português, nos termos da Constituição da República Portuguesa, contribuir para o «cumprimento do direito à auto-determinação do povo sarauí, de acordo e no respeito do direito internacional e das resoluções pertinentes das Nações Unidas.»

 



Mais artigos de: Internacional

Juristas democratas solidários com PCU

A Associação Portuguesa de Juristas Democratas (APJD) continua a acompanhar o julgamento, de novo adiado no dia 12, que visa a ilegalização do Partido Comunista da Ucrânia (PCU). A presidente da APJD, Madalena Santos, e outros três juristas apresentaram-se, a 31 de Maio, como...