Partido de Macron vence primeira volta das legislativas em França

«A República em Marcha», partido do presidente Emmanuel Macron, e seus aliados do MoDem foram a força mais votada na primeira volta das eleições legislativas, realizadas dia 11, em França, obtendo 32,32 por cento dos votos.

Seguiram-se «Os Republicanos» (direita), com 21,55 por cento, «A França Insubmissa» e o PCF com 13,74 por cento, a Frente Nacional (extrema-direita), com 13,2 por cento, o Partido Socialista e seus aliados, com 9,51 por cento, e as listas ecologistas com 4,30 por cento dos votos.

A abstenção atingiu um valor recorde de 51,29 por cento.

Em nota divulgada dia 12, o PCP salienta que «os resultados da primeira volta das eleições legislativas em França, traduzindo expressões políticas e ideológicas do aprofundamento da crise estrutural do capitalismo na Europa e não dispensando uma aprofundada reflexão ulterior, suscitam sérias preocupações.

«Perante uma abstenção recorde que, ultrapassando os 50%, reflecte a desafeição do povo francês perante um sistema político mergulhado numa crise profunda, e no contexto de uma lei eleitoral anti-democrática incapaz de poder reflectir a vontade do eleitorado, a perspectiva de uma maioria absoluta do partido criado no quadro da eleição de Macron, reconhecidamente um homem de mão do grande capital financeiro, é um mau prenúncio.

«Em primeiro lugar para os trabalhadores e o povo francês, nomeadamente perante a violenta ofensiva já em curso contra os direitos laborais e os serviços públicos e a pretendida constitucionalização das limitações de direitos e liberdades fundamentais em vigor com o estado de excepção. Depois pelo anunciado reforço do eixo franco-alemão e das “cooperações reforçadas” visando impor um novo salto nas políticas neoliberais, militaristas e federalistas da União Europeia.

«O PCP, acompanhando com grande preocupação a evolução da situação política em França e as suas repercussões na Europa, expressa a sua confiança em que os trabalhadores e as forças progressistas francesas não permitirão a instauração neste grande país de um poder autoritário ao serviço do grande capital francês e europeu e defenderão os interesses dos trabalhadores e do povo no caminho do progresso social».




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