19 de Abril de 1932 – Nasce Fernando Botero

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Mun­di­al­mente co­nhe­cido pelas suas per­so­na­gens vo­lu­mosas, o pintor e es­cultor co­lom­biano Fer­nando Bo­tero sempre disse nas muitas en­tre­vistas que con­cedeu «nunca ter pin­tado uma gorda na vida» e que apenas se li­mita a «dar pro­ta­go­nismo ao vo­lume, torná-lo mais plás­tico, mais mo­nu­mental, quase como se fosse co­mida, arte co­mes­tível. A arte deve ser sen­sual: é nesse sen­tido que o digo». Na­tural de Me­dellin, Bo­tero cedo rumou para a Eu­ropa, após uma pas­sagem como ilus­trador no jornal O Co­lom­biano, aos 16 anos, e de se ter dis­tin­guido ao ficar em 2.º lugar no Salão dos Ar­tistas Co­lom­bi­anos, em Bo­gotá, aos 19 anos. Em 1957 expõe pela pri­meira vez nos EUA, onde vive du­rante al­guns anos até se fixar em Paris, em 1973. Datam dessa al­tura as suas pri­meiras es­cul­turas, «vo­lu­mosas» como as pin­turas. Ar­tista po­li­ti­ca­mente en­ga­jado e par­ti­cu­lar­mente pre­o­cu­pado com a vi­o­lência na Amé­rica La­tina, de que é tes­te­munho a sua mostra «Dores da Colômbia» sobre o con­flito ar­mado que di­la­cerou o país, em 2004 Bo­tero de­nun­ciou com a sua arte as tor­turas co­me­tidas por sol­dados norte-ame­ri­canos contra os pri­si­o­neiros de Abu Gh­raib, no Iraque. As obras de Bo­tero estão es­pa­lhadas por todo o mundo, in­cluindo Lisboa: no jardim Amália Ro­dri­gues, ao cimo do Parque Edu­ardo VII, a sua «Ma­ter­ni­dade» fas­cina pela be­leza e opu­lência.