Lutar pelos interesses de todos os lamecenses
LAMEGO A CDU apresentou, dia 9, os seus cabeças de lista à Câmara e Assembleia Municipal, respectivamente, José Pessoa e Alexandre Hoffmann. Rigor e competência são pilares da candidatura apresentada.
Basta de obras de fachada a enferrujar dia a dia
José Pessoa, 69 anos, é técnico especialista principal de fotografia e radiografia de obras de arte no Museu de Lamego. Doutorando em História de Arte pela Universidade de Coimbra, é membro da Associação Portuguesa de Arqueólogos, delegado sindical e da Direcção da Organização Regional de Viseu do PCP. Foi presidente da Assembleia de Freguesia da Cruz Quebrada, Dafundo, durante dois mandatos.
Natural de Lamego, Alexandre Hoffmann, 28 anos, licenciou-se em Coimbra com uma passagem pela Universidade de Siena, em Itália, vindo mais tarde a concluir o mestrado em Genética na Universidade de Barcelona, Espanha. No seu percurso académico, co-fundou um movimento cívico interventivo baseado na defesa dos valores de Abril e suas conquistas. Trabalhou, até agora, como biólogo nas áreas de investigação, gestão de projectos, consultoria e conservação e protecção da natureza. Integra a Comissão Inter-Concelhia de Lamego e Tarouca do PCP.
Em nota de imprensa, a CDU destaca o trabalho realizado pelos seus eleitos na Assembleia Municipal nos últimos quatro anos, regularmente dado a conhecer à população. «Abordámos sistematicamente os graves problemas estruturais e de má gestão da autarquia, a caótica situação financeira, criada com projectos de comprovada inutilidade, que comprometem o futuro desenvolvimento do concelho», refere a Coligação PCP-PEV, que manifesta «grande preocupação» com a situação política, económica e social do concelho.
Para os eleitos e activistas da CDU basta de «obras de fachada a enferrujar dia a dia», de «ver os nossos filhos terem de partir, obrigatoriamente, por falta de oportunidades de trabalho no concelho» e de «política de total abandono dos interesses dos pequenos e médios agricultores». «Chega de uma gestão turística em que nos limitamos a ver turistas passar! Basta de falta de transparência na gestão corrente do município. Basta de descrédito em que se atola uma autarquia, por ter como norma o não honrar compromissos com parceiros sociais, económicos, empresariais, culturais e associativos», acrescenta a Coligação PCP-PEV.
Trabalho
Como se afirma na nota enviada às redacções, a candidatura da CDU é essencial para trazer «rigor na gestão, trabalho sério e de proximidade com as freguesias, os funcionários municipais, o Estado Central e os agentes económicos», «honestidade na gestão e na administração dos bens e dinheiros públicos» e «competência nas decisões cruciais para o desenvolvimento sustentado do concelho de Lamego, com audição permanente dos órgãos autárquicos e das populações».
No entanto, para que isto seja possível, «é fundamental o aumento significativo de eleitos da CDU na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e nas assembleias de freguesia». «Este é um compromisso novo, que torna insubstituível o trabalho da CDU nos órgãos autárquicos de todo o País e também no concelho de Lamego. Não pouparemos trabalho para nos dedicarmos de alma e coração aos interesses da população do concelho de Lamego», afirma a Coligação PCP-PEV, que promete lutar pela «criteriosa aplicação de cada cêntimo do dinheiro público».
Propostas
Entre outras medidas, a CDU defende que a autarquia deve ser «catalisadora do desenvolvimento económico»; assumir totalmente a «gestão dos serviços públicos» da sua responsabilidade; ter um «plano concelhio de melhoria das acessibilidades e regularização dos transportes públicos»; ser uma «autarquia ao serviço de todas as estruturas sociais, educativas e culturais do concelho»; proceder à «valorização integrada do património histórico e cultural, em colaboração com os concelhos vizinhos, nomeadamente com os de Armamar e Tarouca»; implementar um «plano estratégico de desenvolvimento turístico, de âmbito regional e conexão nacional»; dar «apoio justo, significativo e equitativo às associações recreativas, culturais populares e desportivas» e levar a cabo a «introdução do conceito de gestão participada, com intervenção directa da população e dos agentes económicos, educativos, associativos e culturais na elaboração dos orçamentos e planos plurianuais de investimento».